Setecidades Titulo Em dois bairros
Três escolas são depredadas em Sto.André

Menores foram apreendidos e confessaram roubos e vandalismos; 814 estudantes ficaram sem aula

Por Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
19/02/2019 | 07:00
Compartilhar notícia
Nario Barbosa/DGABC


 Três escolas foram vandalizadas na madrugada de domingo em Santo André e tiveram itens alimentícios, de higiene e limpeza, fios de cobre, além de equipamentos eletrônicos furtados. O episódio deixou 814 estudantes da Emeief (Escola Municipal de Educação Infantil) Professora Mariângela Ferreira Aranda Fuzetto e creche Ângela Masiero, na Vila Junqueira,  além da creche Professora Maria Delphina de Carvalho Neves, no Sacadura Cabral, sem aulas. Três menores foram apreendidos na tarde de ontem e teriam, conforme a Polícia Civil, confessado os atos infracionais em duas unidades.

Com idades entre 11 e 14 anos, os três menores apreendidos foram denunciados à GCM (Guarda Civil Municipal) pela tia de um deles. A mulher teria ficado indignada ao acordar, ontem pela manhã, e verificar os itens escolares furtados em sua residência, na Vila Junqueira. Entre os produtos do furto estavam latas de leite em pó, pacote de bisnaguinha, três aparelhos de som, talheres, blocos sanitários e até mesmo buchas, além de canetas e lápis.

Os três confessaram ter invadido as unidades no domingo por meio de uma. Todos foram conduzidos ao 6° DP (Vila Mazzei). A polícia não havia identificado os responsáveis pelos atos na unidade do Sacadura Cabral até o fechamento desta edição.

Conforme a Prefeitura, as aulas nas três escolas ocorrem normalmente hoje.

Os crimes aconteceram um dia antes de a Prefeitura de Santo André lançar, ontem, o Projeto Escola Segura. Além do foco no combate à violência contra a criança e o adolescente, por meio de conscientização de profissionais da educação, pais e professores, a ação prevê intensificação do patrulhamento com número maior de viaturas, mudanças no formato das rondas escolares, com maior aproximação entre a GCM e a comunidade e equipes gestoras das escolas, bem como a instalação de alarmes e câmeras de monitoramento em todas as unidades da rede municipal.

A instalação das câmeras, como projeto piloto, já teve início pela creche Maria Campos Santos, no Jardim Marek, e no Cesa (Centro Educacional de Santo André) Jardim Irene.

Prefeito vê motivação política em atos

De acordo com o prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), a coincidência de os atos de vandalismo nas unidades de ensino terem ocorrido às vésperas do lançamento do Programa Escola Segura pode indicar “motivação política”.

Conforme o tucano, os indícios já estão sendo investigados pela Polícia Civil. “Precisamos aguardar a apuração dos fatos, mas é muito estranho ver atos de puro vandalismo, sem qualquer roubo e furto. Nos leva a suspeitar de uma motivação política por tratar-se de episódio feito na véspera do lançamento de um programa.”

Além da investigação da Polícia Civil, o prefeito afirma que o comitê integrado de segurança, que reúne integrantes da Polícia Militar e da GCM (Guarda Civil Municipal), também apura o caso. “Mais do que investigar, é importante que os moradores entendam a importância da escola para o futuro da sociedade. Pois os maiores prejudicados com a depredação são os munícipes. Com isso, precisamos alertar a todos de que não descontem sua raiva da política nos prédios públicos”, complementou o secretário de Segurança Cidadã, Edson Sardano.

 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;