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Richard brilha no Azerbaijão

Meia revelado no Ramalhão se naturalizou e defendeu país do Leste europeu contra Alemanha

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
23/10/2017 | 07:00
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Divulgação


 Entre os nomes da escalação do Azerbaijão que perdeu de 5 a 1 para a Alemanha na última rodada da Eliminatória da Europa para a Copa, dia 8, um é familiar: Richard Almeida. Não é por acaso. Ele é brasileiro e iniciou a carreira no Santo André antes de se aventurar no país do Leste europeu, onde fez fama e optou pela naturalização.

 

Richard chegou às categorias de base do Ramalhão em 2007, subiu para o profissional em 2009 e não teve muitas oportunidades. Foi emprestado ao Palestra de São Bernardo e depois ao Gil Vicente, de Portugal. O meia chegou ao Karabakh, do Azerbaijão, em 2012, de onde nunca mais saiu.

 

O bom desempenho pelo time local despertou interesse da seleção do Azerbaijão, mas Richard teve de esperar cinco anos para conseguir se naturalizar, o que aconteceu no fim de 2016. “Fiz a estreia contra a Irlanda do Norte, em jogo que perdemos no fim. A sensação (de atuar por outro país) é boa porque sempre fui respeitado tanto no clube como na seleção. Estou feliz no Azerbaijão, não só financeiramente, mas pelo que estão fazendo por mim e pela minha família. O povo é humilde e ajuda os estrangeiros”, contou o meia de 28 anos.

 

Jogar contra a Alemanha foi especial para Richard, ainda mais depois de ver pela televisão a goleada de 7 a 1 contra o Brasil, na semifinal da Copa de 2014. “Foi um sonho realizado. Falei para os caras da seleção que perdemos de cinco, o Brasil perdeu de sete, então estamos no lucro”, brincou. “Aqui já tive a chance de disputar a Liga dos Campeões, jogar contra Real Madrid e Chelsea, coisa que eu sonhava desde criança”, conta.

 

Richard diz que o idioma foi a maior dificuldade no início. “Não sabia falar inglês, não tinha tradutor, usava o google. A adaptação foi rápida, eles gostam de ajudar as pessoas, deixam o jogador se sentir em casa. Futebol não tem língua, tem de entrar em campo e fazer seu melhor”, ressalta. “Só enjoei de comer carne de carneiro, que é muito comum por aqui.”

 

Do Santo André, Richard diz que guarda coisas boas. “Foi o clube que me abriu as portas. Joguei com Júnior Caiçara, Cauê, Chiquinho, Ricardo Goulart, Ricardinho, Júnior Urso e sempre conversamos. Devo tudo ao Santo André”, enfatiza o meia, que tem mais um ano de contrato com o Karabakh e vislumbra jogar nas principais ligas da Europa. 




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