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Prainha do Riacho, em São Bernardo, está com água imprópria

Mau cheiro e ausência de
salva-vidas são motivo de reclamações

Por Yara Ferraz
15/10/2017 | 07:06
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André Henriques/DGABC


Em pleno sábado do feriado prolongado de Nossa Senhora Aparecida, os frequentadores da Prainha do Riacho Grande, em São Bernardo, se depararam com série de problemas, como falta de salva-vidas, sinalização precária e água imprópria para o banho. E não foi pouca gente que procurou aquele trecho às margens da Represa Billings para algumas horas de lazer no feriado. A estimativa da Prefeitura é que cerca de 2.000 visitantes passaram pelo local entre quinta-feira e ontem.

De acordo com o último relatório balneabilidade de mares e represas da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), divulgado no fim do mês passado, a água naquele trecho está imprópria para banho. Mas a bandeira vermelha, que informa sobre a qualidade da água aos visitantes, estava enrolada no suporte e nem era notada.

A água é considerada imprópria quando é encontrada a bactéria Escherichia coli, abundante em fezes humanas e de animais.

A dona de casa Ana Célia Diniz, 30 anos, levou as duas filhas, de 10 e 2 anos, para se divertir na represa. Ela não sabia que a água estava imprópria para banho. “Moro no Heliópolis (Capital) e sempre venho quando tem uma folga, porque é mais barato do que ir até a praia. Não vi nenhuma sinalização sobre a água”, disse.

Ana Célia não percebeu, mas a professora Vanessa Cristina do Nascimento, 32, moradora do bairro Santo Inácio, em São Bernardo, reclamou: “É uma pena que a água esteja tão suja assim. É algo que precisa melhorar”, afirmou ela, que foi à Prainha pela primeira vez.

Durante o período em que a equipe do Diário permaneceu no local, cerca de três horas entre a manhã e começo da tarde, nem sinal de salva-vidas, o que gerou reclamação de visitantes. A fiscalização das moto aquáticas, feita pela Marinha, também não estava presente.

O funcionário público José Francisco Neto, 41, foi até o Riacho com a namorada para almoçar e ficou decepcionado com a estrutura. “A gente não vê o pessoal da GCM (Guarda Civil Municipal) circulando, parece que falta manutenção. Isso sem falar no mau cheiro em alguns pontos”, criticou.

O alvo da reclamação fica próximo à estação de tratamento de esgoto da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), localizada na parte de trás do balneário, onde estão diversos quiosques.

“Nós decidimos vir almoçar, mas nem consegui tomar nada devido ao mau cheiro. A gente gosta muito de vir aqui, mas tem momentos em que pensamos duas vezes antes de fazer isso. Não vemos nem salva-vidas, falta fiscalização. O mau cheiro sempre acontece quando está muito calor”, disse a dona de casa Celma Souza Nunes, 42 anos, que pretendia almoçar em um dos quiosques com o marido.

Questionada, a Prefeitura, que é responsável pela manutenção da sinalização sobre a qualidade da água, afirmou que vai tomar providências imediatas sobre o assunto. Em relação ao mau cheiro, a administração municipal afirmou que acionou a Sabesp e aguarda posicionamento da companhia. A Prefeitura também informou que a GCM faz rondas permanentes no local.

A prainha recebe efetivo temporário de salva-vidas somente durante a Operação Verão, quando o movimento é mais intenso. Segundo o Corpo de Bombeiros, já foram abertas inscrições para os profissionais que devem atuar no local de dezembro deste ano a março de 2018. A Marinha foi questionada sobre a falta de fiscalização, mas não retornou até o fechamento desta edição. 




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