Cultura & Lazer Titulo 'Anjo de Fogo'
Depois do Rock in Rio, Alceu volta elétrico a São Paulo
06/10/2017 | 07:00
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Lú Streithorst / PCR


Ele tem dez shows que correm por cidades do Brasil ao mesmo tempo. De voz e violão a orquestra, Alceu Valença, 71 anos, trabalha obsessivamente, mesmo depois de enfrentar a plateia estimada em 100 mil pessoas que estiveram à frente de seu palco, no Rock in Rio. Neste final de semana, ele saca o projeto Anjo de Fogo para fazer duas noite (nesta sexta, 6, e amanhã, 7), na Casa Natura.

O show tem uma formação mais alinhada à veia roqueira, apenas uma de suas frentes. As outras incluem mestres como Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro em um repertório que o leva a ser contratado para shows em época de carnaval e para o ciclo das festas de São João (xotes, xaxados, aboios, baiões e toadas), além de festivais de rock (Psicodália, Rock in Rio) e teatros.

Anjo de Fogo, nome também de uma de suas músicas do disco Espelho Cristalino, de 1977, faz um passeio por módulos que Alceu conta ter criado por seu aparelho celular. "O show obedece a toda uma marcação de luzes que eu mesmo montei. Elas dialogam o tempo todo com o repertório." Acompanhado por baixo, guitarra, bateria e sanfona, que se alterna com teclado, busca músicas de consagrações, como Papagaio de Futuro, Coração Bobo, Belle de Jour, Agalopado, Girassol e Morena Tropicana.

Rock in Rio

Alceu diz que não tem problemas em fazer os shows do projeto Grande Encontro, apesar de alguns comentários soprarem que nem tudo parecia bem no palco Sunset, quando ele esteve ao lado de Elba Ramalho e Geraldo Azevedo. Mas há uma questão séria, como ele mesmo diz. "Tudo é cronometrado, sou doido por isso. Se tira uma música de um, tem de tirar de outro. Eu vou fazer show pra pessoa cantar mais do que eu? Nem ela deve cantar mais do que os outros, nem eu quero cantar mais do que ninguém." O Grande Encontro segue na estrada.

Além de não ser muito roteirizado por natureza, uma natureza hiperativa e incansável, Alceu tem histórias a contar. E todas elas, mesmo as que conta sempre, como a do jornalista gringo que não conseguiu classificá-lo depois de assistir a uma show seu no Carnegie Hall, de Nova York, são interessantes. Em uma hora de entrevista, 20 minutos foram para o show e os outros para sua infância, sua grande casa branca de Olinda e os anos em que ele viveu sem uma radiola em casa porque o pai o proibia de ouvir música.

Alceu Valença

Casa Natura. Rua Artur de Azevedo, 2.134, tel. 4003-6860.

6ª (6) e sáb. (7), às 22h. R$ 100 a R$ 240

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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