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Prefeitura de Diadema divulga dados do plano de controle ao Aedes aegypti

Prefeito e secretário de Saúde reforçaram resgate às condições adequadas da Saúde

Por Matheus Angioleto
Especial para o Diário
13/04/2017 | 07:00
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 Reforçando a importância do diálogo e a troca de experiências, a Prefeitura de Diadema anunciou ontem, no Teatro Clara Nunes, o primeiro balanço sobre o enfrentamento das arboviroses no município. Durante o evento, o secretário de Saúde Luiz Cláudio Sartori ressaltou que a população deve depositar confiança na gestão, que fará “o possível e o impossível para recuperar a Saúde”.

A campanha contra o mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela – teve como slogan a frase “Palmas Para Quem Sabe Combater”. Clipe musical com cunho educativo foi lançado pelo Grupo Matéria Rima, dentro do Programa Cidade na Escola, para explicar a importância de medidas preventivas por meio do hip hop para que crianças consigam cantar, aprender e repassar as práticas para os pais.

Os dados do plano municipal de controle ao Aedes aegypti apontaram que Diadema teve 2.444 casos de dengue notificados em 2016, sendo 478 confirmados, 427 autóctones e 49 importados. Neste ano são 147 notificações, sendo sete confirmadas importados. A febre amarela teve dois casos importados neste ano.

Adeílson Cavalcante, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, divulgou números. Segundo ele, ao analisar as primeiras 12 semanas de 2017 a projeção é que o Brasil tenha 90.281 casos de dengue (43,8 casos por 100 mil habitantes) neste ano, 26.854 de chikungunya (13 casos/100 mil habitantes) e 4.894 de zika (2,4 casos/100 mil habitantes).

Para efeito de comparação, em 2015 os casos prováveis de dengue eram 626.252 (310,3 casos/100 mil habitantes), enquanto em 2016 os prováveis somavam 947.130 (459,6 casos/100 mil habitantes). Já em 2017, o número caiu para 90.281 prováveis (43,8 casos/100 mil habitantes).

Em relação à chikungunya, em 2015 foram 6.768 casos prováveis, enquanto em 2016 o número chegou a 101.633 e em 2017 serão 26.856. Já os casos prováveis de zika vírus foram 142.664 em 2016, enquanto em 2017 o esperado é de 4.894. Os casos prováveis em gestantes foram 10.049 em 2016 e 727 neste ano.

“É de vital importância a execução de políticas públicas. Precisamos que os municípios mostrem as experiências e as ações para que o ministério possa estar mais próximo”, disse Cavalcante.

Com investimento de cerca de R$ 360 milhões ao ano, o que representa 40% do orçamento anual da Saúde, a Prefeitura espera estabelecer teia fechada de usuários do sistema de Saúde básica, citado como grande objetivo no momento. O prefeito Lauro Michels (PV) destacou que busca o custeio tripartite – modo dividido entre as esferas municipal, estadual e federal – para os pronto atendimentos do Pronto-Socorro, com objetivo de aliviar as contas.

Para atender as atuais demandas existentes, Diadema precisaria de 1.000 leitos, fato que será suprido pelo projeto de um novo hospital público com 240 leitos e UTI (Unidade de Terapia Intensiva), que será construído em terreno na Avenida Doutor Ulysses Guimarães, na Vila Nogueira – a administração busca recursos, já que o investimento deve ser de R$ 126 milhões, .

“Estamos com projeto do hospital pronto, incluindo memorial e custo. Já fomos até o ministério, mas tentamos as três linhas de busca de recursos. Alinhar PPP (Parceria Público-Privada) com o governo federal, Estado e também o município, que hoje tem capacidade para buscar financiamento”, considera Michels.

O secretário Sartori ressaltou que a partir da reformulação do sistema de informações, mutirões serão feitos. “Temos todo um escopo pronto, mas não queremos apenas efeito midiático. Nossa perspectiva é trabalhar para zerar as filas sem que tenhamos outras se formando imediatamente.”




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