Cultura & Lazer Titulo
Temperinho mineiro
Thiago Mariano
Do Diário do Grande ABC
13/12/2009 | 07:10
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À beira do fogão, que oferece pelo menos 40 opções de pratos quentes com base na culinária mineira, marido e mulher conversam. Ela diz: "Isso é uma tentação!", enquanto ele, contemplativo, exclama: "Haja coração!"

Todos esses requisitos, coração, tentação, são necessários para a maratona que vem a seguir, mas, a principal aliada para quem se dispõe a frequentar o Pilão Mineiro, em Santo André, é a fome. Apetite só não serve, porque a maratona contempla uma lista extensa e variada de delícias, que não podem deixar de ser provadas.

Costelinha, vaca atolada, tutu à mineira, feijão tropeiro, torresmo, frango com quiabo e arroz carreteiro, que estão no cardápio, montariam, cada, uma opção de prato diferente. Mas é difícil resistir e não ir em busca de pelo menos um pouco de cada um desses sabores.

A casa, que funciona há 23 anos no bairro Jardim, e é comandada pela família Netto desde o surgimento, prima pelo apuro na escolha da matéria-prima e no controle da qualidade no preparo dos alimentos. "A cortesia e rapidez com que servimos os clientes são também nossos referenciais", completa Vagner Netto, sócio-proprietário da casa.

Há cinco anos, a família abriu uma filial do restaurante no bairro Perdizes, na Capital, e que afirmam que faz o mesmo sucesso que a matriz.

O serviço é de bufê. Paga-se R$ 29,90 (de segunda à quinta-feira) ou R$ 33,90 (sexta a domingo), para se fartar de todos os pratos da casa. Além da culinária mineira, a casa oferece o Cantinho do Churrasco, com 14 tipos de carne, sendo a de cordeiro uma das especialidades. Às quartas e sábados, há feijoada e, especialmente no fim de semana, quando a quantidade de iguarias mineiras praticamente dobra, o leitão à pururuca surge como carro-chefe.

Outro apuro está na qualidade das carnes e na preocupação em prepará-las mais saudáveis. "Temos preferência pelas carnes magras e substituimos o uso da gordura suína por óleo de canola", conta Netto.

Verdadeiramente, os pratos como costelinha e torresmo, que costumam ser o calcanhar de aquiles para os hipertensos e cardíacos, vêm enxutos e crocantes.

Diversos tipos de farofa, banana à milanesa e couve refogada apresentam-se como reforço dos pratos, que são servidos em grandes travessas de ferro ou de barro, preservando a tradição e incutindo um pouco mais da cultura sertaneja na cidade grande.

Quem entra, é convidado a provar uma autêntica cachaça mineira. Quem fica, e gosta de uma ‘caninha', tem à sua disposição um bar com mais de 200 rótulos da bebida. Pode-se saborear diferentes texturas, sabores e tipos de fabricação. A especialidade da casa, feita artesanalmente pelo próprio Pilão Mineiro, é a cachaça com rapadura, que é servida gelada e pode ser comprada, a garrafa, por R$ 28. A bebida de maior saída é a cerveja.

Para sobremesa, um menu tradicional de tortas e bolos, como petit gateau e torta holandesa. A diferença fica por conta de compotas caseiras, que revisitam uma culinária de tradição, além da tracional ambrosia, que é um doce de leite empelotado, resultado da reação de mistura de limão com o doce original.

O clima mineiro revivido pelo paladar é acentuado pelo ambiente, com guardanapos de pano, mesas de madeira e clima familiar.




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