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Movimento de Fachin alivia Kiko
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
16/02/2017 | 07:00
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O meio jurídico acompanhou de perto toda movimentação no STF (Supremo Tribunal Federal) após a tragédia aérea que vitimou o ministro Teori Zavascki, em janeiro. Teori era o relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo, estava prestes a homologar delações de 77 executivos da Odebrecht, movimento que impactaria diretamente em políticos das mais diversas esferas de poder no País. Edson Fachin decidiu mudar de turma na Corte e, avalizado pela presidente Cármen Lúcia, colocou seu nome para relatar os processos da Lava Jato no Supremo. Conseguiu o que queria, por sorteio. Toda essa movimentação foi acompanhada de perto pelo prefeito de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSB). Não que o socialista tenha sido citado por delatores ou que tenha se envolvido na Lava Jato. Mas é que está nas mãos de Fachin processo que pode impactar diretamente no mandato de Kiko em Ribeirão Pires. O ministro analisa se Kiko poderia ter concorrido ao cargo na cidade mesmo com contas rejeitadas anteriormente – o Tribunal de Contas do Estado condenou sua gestão na Câmara de Rio Grande da Serra, em 2004. Com Fachin ocupado com as ações da Lava Jato, tende a ser postergada qualquer decisão sobre o processo envolvendo Kiko.

Briga por espaço – 1
O clima anda instável entre o secretário de Serviços Urbanos de Mauá, Chico do Judô (PEN), e o vereador Jair da Farmácia (PMDB). Jair só exerce a vereança porque Chico, eleito parlamentar, aceitou convite do prefeito Atila Jacomussi (PSB) para o primeiro escalão. Como troca, queria deixar alguns fiéis escudeiros no gabinete de Jair. O peemedebista fechou as portas.

Briga por espaço – 2
A situação é semelhante em São Caetano. Caio Funaki foi o único vereador eleito pelo PEN da cidade. O partido tem como cacique o ex-vereador Gilberto Costa, que foi candidato a prefeito e teve votação aquém do esperado. Gilberto queria colocar alguns antigos colaboradores políticos no gabinete de Caio, que restringiu a participação desses políticos.

Olho no PTB
Secretário de Mobilidade Urbana no governo de José Auricchio Júnior (PSDB) em São Caetano, o advogado Filinto de Almeida Teixeira se movimenta para assumir o PTB da cidade. A sigla caminhou com o ex-prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) no pleito de 2016 – o petebista Jorge Salgado foi vice de Pinheiro e rival de Auricchio nas urnas. Além da derrota no campo majoritário, não elegeu vereador. Filinto quer agendar ainda neste mês reunião com o presidente estadual do PTB, deputado Campos Machado, para tratar do assunto. Campos, por sua vez, defende o retorno de Pinheiro.

Barba, cabelo e bigode
Depois de emplacar a presidência da Câmara e maioria nas comissões permanentes do Legislativo de São Caetano, o G-10, grupo de oposição na Casa, conseguiu alocar os presidentes nesses blocos. Sidão da Padaria (PMDB) vai comandar a Comissão de Finanças e Orçamento, com Chico Bento (PP) como vice. Carlos Humberto Seraphim (DEM) vai presidir Justiça e Redação, com Suely Nogueira (PMDB) de vice.

Virou rotina
A bancada do PT de São Bernardo deu ontem mais uma mostra de proximidade com o governo do tucano Orlando Morando. Ary de Oliveira (PSDB) apresentou projeto de lei para celebrar o Dia do Missionário Evangélico . Mas o que era para ser apenas um texto protocolado por um governista virou oportunidade para petistas elogiarem o colega tucano. Tião Mateus, José Luís Ferrarezi e Ana Nice Martins fizeram questão de utilizar a tribuna e, por cinco minutos cada, enaltecer a sugestão de Ary de Oliveira. Vale lembrar que a bancada do PT tem mostrado posição raramente agressiva a Morando. 




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