Os 973 mil trabalhadores representados pelos sindicatos filiados à CUT-SP (Central Única dos Trabalhadores do Estado de São Paulo) poderão contar com um programa habitacional voltado para o perfil de cada um. Esse projeto faz parte de um convênio firmado ontem entre a central e a CEF (Caixa Econômica Federal).

Nesse primeiro momento, o programa irá fazer o levantamento das necessidades dos trabalhadores para a compra da casa própria em cada sindicato, conforme a demanda demonstrada pelas entidades de organização de sua base.

“Precisamos identificar a nossa demanda primeiramente antes de começar com o programas de crédito habitacional. Os sindicatos farão o diagnóstico do que o trabalhador necessita”, explica Edílson de Paula, presidente da CUT-SP.

O objetivo da central é buscar uma modalidade que esteja dentro das condições de cada trabalhador. A idéia é adequar os planos, taxas de juros, entre outros. Há a possibilidade de alguns custos serem subsidiados pela central ou ainda negociados com as próprias empresas conforme a demanda.

“Como faz parte do bem-estar do trabalhador, da qualidade de vida, isso poderá ser negociado com a empresa em que ele trabalhar para buscar o melhor programa e aquele que cabe no bolso no funcionário”, revela o dirigente.

O acordo possibilita que seja oferecido crédito de forma individual, com utilização de recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) ou a compra de imóveis na planta de forma associativa.

Segundo Edílson de Paula, o objetivo também é ajudar o trabalhador a conseguir o crédito sem passar por problemas de calote, dificuldade financeira e até golpes no mercado. Para ele, o programa também servirá como orientação para quem busca a casa própria.

Segundo a Caixa, o acordo com a CUT-SP é inédito e o banco estatal buscará novas parcerias com outras entidades, como a CUT nacional e Força Sindical, esta que já conversa com o banco estatal sobre o programa.