O alto representante da União Européia (UE) para política externa, Javier Solana, chegará mesta terça-feira a Seul para buscar uma solução pacífica da crise, após quatro meses de tensões.

Procedente do Japão, Solana se reunirá com o presidente Kim Dae-Jung e outros dirigentes sul-coreanos. Sua visita acontece antes da reunião da quarta-feira em Viena da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), onde se decidirá qual é a próxima etapa neste conflito.

Por outra parte, um alto dirigente americano, Richard Haass, viajou nesta segunda-feira a Seul, onde terá uma reunião de três dias sobre a questão norte-coreana, informou a embaixada dos Estados Unidos.

Richard Haass, diretor de planejamento político do Departamento de Estado, se reunirá com o conselheiro presidencial para segurança, Yim Sung-Joon, e com representantes do Ministério de Relações Exteriores. A Aiea, que já declarou que a Coréia do Norte violou suas obrigações internacionais, apresentará este informe ante o Conselho de Segurança da ONU.

Pyongyang, que pede negociações diretas com Washington e um pacto de não agressão, advertiu que as sanções do Conselho de Segurança equivalerão a uma "declaração de guerra". Bruxelas condenou o reinício da atividade das centrais nucleares da Coréia do Norte, mas espera ser uma espécie de mediadora entre os Estados Unidos e o país asiático.

Em princípio, o giro de Solana não prevê uma escala em Pyongyang, mas esta possibilidade fica aberta para o futuro. O representante europeu declarou esta segunda-feira que espera principalmente o resultado da reunião da Aiea antes de tomar qualquer decisão.

Em Tóquio, Solana e a ministra japonesa de Relações Exteriores, Yoriko Kawaguchi, pediram ontem à comunidade internacional que dirija "uma mensagem de união" à Coréia do Norte.