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Vizinhos de transportadora querem vetar estacionamento
Bruno Ribeiro
Especial para o Diário
11/10/2005 | 08:22
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Caminhões de uma transportadora instalada na rua Piracicaba, no Jardim Valparaíso, em Santo André, atrapalham o trânsito dos moradores da região. A rua é estreita e os motoristas estacionam os veículos dos dois lados da via. Os moradores de um prédio residencial que fica em frente da transportadora têm dificuldades para manobrar. Os vizinhos reclamam também do barulho dos caminhões. Segundo eles, o trabalho vai até a madrugada.

Os moradores do prédio dizem que o barulho começa muito cedo. A moradora Márcia Maria de Freitas reclama principalmente do barulho dos motores dos veículos e do “falatório” dos funcionários da empresa. Ela diz que os caminhões estacionam por toda a rua, sem preocupação com o trânsito ou com o fluxo de pedestres.

O proprietário da transportadora, Ricardo Fernandes Sirqueira, lamenta as reclamações dos vizinhos. “Eu não tiro a razão deles, mas é difícil. Quem perde com essa história toda é a cidade. Nós somos em 30 funcionários e mais 50 motoristas aqui. Por conta desses moradores, vamos deixar a cidade. Nunca paramos em frente à porta deles. Não temos ainda a data exata, mas sairemos daqui no começo do ano que vem. E mais. Vamos precisar fazer uns cortes de pessoal porque a maioria dos nossos funcionários é daqui, e teremos que contratar outras pessoas para não termos gastos altos com vale-transporte. Uma outra coisa que ninguém leva em conta é que após a nossa vinda para cá, nunca mais ocorreram roubos na rua”, diz. Sirqueira afirma que a empresa chegou na rua antes do edifício ser construído, há cinco anos.

A Secretaria de Obras e Serviços Urbanos de Santo André afirma que está fazendo um estudo para verificar a possibilidade de proibir o estacionamento em um dos lados da rua para amenizar os problemas relatados pelos moradores. A proibição facilitaria a entrada dos moradores na garagem do prédio. Nesse caso, porém, tanto carros como caminhões perderiam metade das vagas que utilizam hoje.



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