Cultura & Lazer Titulo
Péssima influência
Por Thiago Mariano
Do Diário do Grande ABC
08/10/2011 | 07:00
Compartilhar notícia


Cercado de polêmicas, Rafinha Bastos, desde seu afastamento do "CQC", na última edição do programa, retorna aos palcos neste fim de semana, com apresentação no Teatro Paulo Machado de Carvalho amanhã.

Se esquivando de comentar o episódio que lhe deixou de fora da bancada do humorístico - a condição para a concessão da entrevista, por e-mail, era não comentar sobre o assunto -, Rafinha promete soltar o verbo durante a apresentação, já que costuma abrir-se às perguntas da plateia em seus solos e encontrará dezenas de pessoas interessadas em saber suas opiniões sobre o ocorrido.

"Não é em todo show que faço isso. Às vezes me dá na telha e converso com a plateia. Costumam me perguntar muito a respeito do "CQC" e da "Liga". Gosto de manter contato próximo com quem vai me ver. Muita piada surge daí", conta o humorista.

Sua declaração sobre Wanessa (ex-Camargo) e sua gravidez - a de que ele ‘comeria' a cantora e o bebê - foi proibida de entrar na conversa. Mas, ainda falando sobre proibições, Rafinha contou que há apenas três coisas que considera de mau tom no humor: "Eletrodomésticos em cena, o consumo de hortaliças e principalmente o salto com vara."
 
Esse é seu segundo espetáculo de stand-up, chamado de "Péssima Influência", que ele diz ter pegado emprestado da matéria do "The New York Times", que o citou como a persona mais influente do Twitter. "É apenas uma piada em cima disso", considera.

Para ele, troca o nome, mas não o formato. "Não muda muito de um espetáculo pro outro. A força do que eu faço está no meu texto. Quando fecho o conteúdo do show, ele costuma se repetir. É claro que situações de improviso aparecem, mas o solo não muda. Gosto de manter o mesmo roteiro."

Rafinha, que conta que a piada mais engraçada que ouviu sobre si mesmo veio de sua mãe, quando ela disse "você é lindo, Rafael", conta que não pensa nos efeitos do humor além da risada. "Olha, eu faço comédia. Os estudos sociológicos eu deixo para os profissionais da área. Meu objetivo é fazer rir, só isso."

Ele conta que nem tudo é graça em sua vida, mas, por tudo que diz, deixa claro que não há polêmica e nem julgamento capazes de fazê-lo pensar que no humor existem proibições além do salto com vara, os eletrodomésticos em cena e as hortaliças. "Levar a vida com bom humor é vital para a saúde, claro, mas eu não sou o melhor exemplo disso. Não sou o homem mais sorridente do planeta."

Rafinha Bastos - Stand-up. No Teatro Paulo Machado de Carvalho - Alameda Conde de Porto Alegre, 840, São Caetano. Tel.: 4220-3924. Amanhã, às 18h. Ingr.: R$ 60.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;