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Estudo aponta o declínio dos ecossistemas mundiais
Do Diário do Grande ABC
21/04/2000 | 15:34
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O amplo declínio dos ecossistemas no mundo pode ser devastador para a humanidade e para o bem-estar de todas as espécies. Esta é principal conclusao do relatório do milênio sobre os recursos naturais mundiais, lançado nesta semana pelo World Resources Institute (WRI), Banco Mundial (Bird), Programa das Naçoes Unidas sobre Meio Ambiente (Pnuma) e Programa das Naçoes Unidas sobre o Desenvolvimento (Pnud).

Mais de 175 pesquisadores trabalharam no relatório durante dois anos, comparando resultados e preenchendo lacunas de 100 outros estudos anteriores. Os dados completos serao publicados em setembro, mas um resumo já está disponível no relatório World Resources 2000-2001: Pessoas e Ecossistemas, o Esgarçar da Teia da Vida", com uma versao impressa e outra virtual (http://www.wri.org/wri/wrr2000).

Considerando os ecossistemas engrenagens biológicas do Planeta, o relatório faz uma análise piloto da saúde dos ecossistemas globais. Foram incluídos zonas costeiras, florestas savanas, recursos hídricos e sistemas agrícolas. A análise abrange o atual estado e a tendência desses ecossistemas e sua capacidade de produzir bens e serviços ambientais, dos quais dependem os homens, a fauna e a flora. Entre os serviços prestados pelos ecossistemas estao a produçao de alimentos e de água potável em quantidades suficientes, o estoque de carbono atmosférico, a manutençao da biodiversidade e a provisao de oportunidades de turismo e lazer.

"Nosso conhecimento sobre os ecossistemas cresceu dramaticamente, mas nao conseguiu sequer empatar com nossa habilidade em alterá-los", disse Klaus Töepfer, diretor executivo do Pnuma. "Nós podemos continuar alterando os ecossistemas da Terra cegamente ou podemos aprender a usá-los de forma mais sustentável"."Governos e empresas devem repensar alguns pressupostos básicos que embasam nossas maneiras de medir e planejar a economia", afirmou James Wolfensohn, presidente do Banco Mundial.

Custo - A quantificaçao e valorizaçao dos custos de produçao desses serviços ambientais, até hoje computados como gratuitos, é uma nova tendência entre os ambientalistas, mas ainda nao foi assimilada por economistas, empresários e autoridades. "Embora haja uma tendência de se equilibrarem as políticas de desenvolvimento com o fator ambiental, em termos planetários, a situaçao é muito crítica, devido aos efeitos cumulativos. A questao ambiental está ligada à sobrevivência de grandes contingentes de populaçao, que já estao sofrendo com processos de desertificaçao e mudanças climáticas, determinantes para a produçao agrícola de pobres e ricos", diz a secretária de Coordenaçao da Amazônia do Ministério do Meio Ambiente, Mary Allegretti. "A alçada do fator meio ambiente para o centro de preocupaçao econômica e de desenvolvimento vai ser o grande fato dessa década".




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