A Prefeitura de Diadema encaminhou ontem pela manhã o estudo de impacto de vizinhança requisitado pelos vereadores para apreciação de projeto de lei que autoriza o Paço a receber área de 3.318 metros quadrados entre as avenidas Fábio Eduardo Ramos Esquível e a Doutor Ulisses Guimarães. O espaço abrigará rua de acesso a um conjunto imobiliário que será erguido na região.

Na segunda-feira, em reunião com os vereadores, o secretário de Habitação, Milton Nakamura, não entregou o documento, considerado pelos parlamentares como vital para aprovação da proposta. A planilha mostraria quais ações de contrapartida a empreiteira terá de fazer após construir as torres habitacionais. Entre as exigências feitas pelo prefeito Mário Reali (PT) estão a abertura da via e a instalação de alça de acesso à Avenida Fábio Eduardo Ramos Esquível para horários de pico.

O projeto será apreciado pela Casa amanhã, mas deverá render polêmica. Há duas semanas, quando o texto apareceu pela primeira vez para análise do Parlamento, vereadores reclamaram que o Paço encaminhou a proposta no afogadilho, poucas horas antes do início da sessão. A expectativa da Prefeitura é ver o item aprovado. "A reunião de segunda-feira foi produtiva para esclarecermos os detalhes", argumentou o chefe de Gabinete, Osvaldo Misso (PT). O petista negou, contudo, que novo adiamento do projeto possa causar problemas para a construção do empreendimento imobiliário. "Estamos discutindo isso há dois anos. Queremos ver a aprovação, mas não tem risco de a empresa desistir do negócio."