Os preços dos alimentos e produtos de primeira necessidade subiram 1,12% em janeiro nos supermercados do Grande ABC. O valor médio da cesta básica atingiu R$ 252,33, um custo de R$ 2,80 a mais para o consumidor da região na comparação com a média de dezembro, que fechou no valor de R$ 249,53.

Os números são da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) e mostram que o grupo de produtos que apresentou a maior alta foi o de hortifrutigranjeiros (12,72% em média).

O tomate foi o gênero que apresentou a maior inflação no último mês, com encarecimento de 43,28% no custo do quilo. Na seqüência de aumentos aparecem a laranja, com 23,49%, e a alface, com 22,04%.

Praticamente todos os artigos de hortifruti tiveram altas por conta das chuvas excessivas que caíram nos locais de produção. As tempestades, aliadas ao forte sol do verão, estragaram plantações, atrapalharam colheitas e o transporte até os distribuidores e ainda ajudaram a propagar ataques de pragas e doenças que afetam a qualidade dos alimentos.

No entanto, os produtos com maior peso na mesa das famílias não sofreram grandes mudanças no período. O arroz, por exemplo, teve aumento de apenas 0,18%, mantém a produção estável e aumentos retidos por conta das reservas do governo federal e da entrada da produção do Uruguai e da Argentina no país, que ajudam a regular o valor no atacado.

Outros produtos muito consumidos são o feijão e a carne. O grão apresentou encarecimento de 2,86%, com queda de qualidade. O corte bovino de primeira caiu 5,26% no período e o de segunda está 1,48% mais barato. Já o preço do quilo do frango subiu 0,73%.

Quanto aos demais grupos da cesta, o que teve alta foi o de higiene pessoal (5,41%) – destaque para o papel higiênico, que teve o preço reajustado em 7,31%. Já os produtos de limpeza doméstica estão 2% mais baratos e o de alimentos industrializados, 1,1%.