A máxima de que tudo no Brasil começa para valer após o Carnaval também vale para a política. Passada a Folia, as conversas para definição de candidatos e chapas se intensificam. Os principais anúncios aguardados para as próximas semanas são referentes aos vices dos prefeitos que buscarão a reeleição em outubro e a deliberação sobre o futuro do PSDB em Santo André e São Bernardo.

Os quatro chefes de Executivo que tentarão o segundo mandato consecutivo trabalharão, a partir de agora, mais efetivamente para a escolha dos nomes que estarão na dobrada. A situação que está mais próxima de definição é a de Oswaldo Dias (PT), em Mauá. A manutenção do vice, Paulo Eugenio Pereira Júnior (PT), é quase certa. Quase, porque o deputado estadual Donisete Braga (PT) não esconde de ninguém o desejo de ser o parceiro do atual prefeito no pleito.

Outro que está com o panorama adiantado é o prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB). Com a saída do secretário de Gabinete Nilson Bonome (PMDB) da administração, ficou livre o caminho para que o vice seja escolhido dos quadros tucanos. A atual dona do posto, Dinah Zekcer (PTB), deve abrir mão para a indicação da secretária de Educação, Cleide Bochixio (PSDB).

Os outros dois casos estão longe de serem concluídos. Em São Bernardo, Luiz Marinho (PT) tem dor de cabeça para definir seu vice. Frank Aguiar (PTB), que esteve na chapa vitoriosa em 2008 e segue na função até dezembro, titubeou no fim do ano passado ao anunciar que não disputaria mais eleições, alegando motivos pessoais. A atitude desencadeou série de movimentações de interessados em substituí-lo. Mas, recentemente, o petebista disse que está à disposição de Marinho para continuar no posto. Inúmeros nomes são ventilados (leia reportagem na página 5) e o ponto final na questão deve ser colocado somente em junho, data das convenções. Até lá, o tabuleiro promete ser agitado.

Já em Diadema, Gilson Menezes (PSB), vice de Mário Reali (PT), está na corda bamba. A tendência é ser substituído. Os petistas, inclusive, abriram conversas sobre chapa pura, para preparar o sucessor de Reali. A permanência do socialista, no entanto, não está descartada.

TUCANATO

O tucanato regional vive momentos de incerteza. As principais indecisões pairam nas cidades de Santo André e São Bernardo. Em ambas, há correntes que pregam candidatura própria, mas nenhum cacique do PSDB estadual proferiu qualquer declaração pública de apoio a esses projetos em municípios considerados estratégicos para a reeleição do governador Geraldo Alckmin em 2014.

É um indício de que o partido deve apoiar outras candidaturas em prol de aliança maior, que envolve o comando do Palácio dos Bandeirantes. A equipe do Diário apurou nas últimas semanas que a estratégia tucana está definida pela cúpula paulista e o anúncio depende de convencimento de algumas lideranças locais.

Em Santo André, a legenda apresentará o vice de Aidan. E em São Bernardo, irá compor com o deputado estadual Alex Manente (PPS), que encabeçará a chapa ao Paço.