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Família de aposentada se mantém calada após 21 dias
Henrique Munhos
Especial para o Diário
05/05/2011 | 07:00
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Passados 21 dias do acidente que vitimou Leda da Silva Maubrigades, 68 anos, no Parque Celso Daniel, em Santo André, os familiares da aposentada seguem sem se pronunciar sobre o caso. Uma filha de Leda atendeu o telefone ontem, mas pediu que o advogado da família fosse procurado.

O advogado, Almir Duarte de Oliveira, 75, cunhado da vítima, disse apenas que os parentes ainda não decidiram se irão tomar alguma providência contra a Prefeitura.

O Depav (Departamento de Parques e Áreas Verdes) finalizou o estudo de avaliação da figueira e entregou os laudos ao Condephaapasa (Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico-Urbanístico e Paisagístico de Santo André), que fará reunião para tratar do caso na terça-feira. Somente depois desse encontro é que o conselho irá se pronunciar.

O local segue interditado desde o acontecimento. Entretanto, não há uma fiscalização fixa naquele ponto. "Passo aqui quase todos os dias e dificilmente vejo alguém fiscalizando", declarou a aposentada Maria Lais Almada, 58.

O comandante da Guarda Municipal de Santo André, José Roberto Ferreira, se defende. "Temos uma equipe que realiza a guarda no parque. Porém, temos que vistoriar outros equipamentos e verificar uso de drogas e de álcool. Portanto, realizamos a ronda por todo o parque, e não somente em um ponto", disse. A equipe do Diário ficou por 30 minutos no espaço verde e não verificou a presença de guardas perto da área interditada.

Segundo Ferreira, seis guardas trabalham por turno no Celso Daniel. "A população que frequenta o parque sabe da fatalidade que aconteceu. Por isso, não tivemos problemas desde então", disse o comandante.

Enquanto isso, quem se exercita todos os dias pelo parque ainda teme por novo acidente. "Fico com medo de caminhar aqui depois do que aconteceu. Não só por essa árvore, mas por todas as outras", comentou a dona de casa Lúcia Carvalho, 47.

Maria Laís Almada declarou que teve de mudar sua rota de caminhada após a queda que vitimou Leda da Silva Maubrigades. "Meu caminho era exatamente em volta da figueira. Inclusive, quando soube do acontecido, fiquei muito assustada, pois havia passado por ali no mesmo dia", lembrou.




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