A assembleia do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de Santo André, que ocorreu ontem para discutir ato para reivindicar a antecipação da primeira parcela do 13º salário, se transformou em guerra contra a diretoria da entidade.

Em reunião realizada por mais de três horas na sede do sindicato, com aproximadamente 30 pessoas de diversas categorias, os servidores debateram acerca da postura da diretoria nas negociações com o governo Carlos Grana (PT). Para os trabalhadores, houve prejuízo para o funcionalismo.

Os colaboradores criticaram os representantes, principalmente o diretor Carlos Alberto Pavan, por terem assinado acordo com a administração que permite a flexibilização do pagamento da primeira parcela do 13º salário. Apesar de ter sido quitada até 30 de junho por duas décadas devido a uma conciliação entre as partes, este ano o Paço seguirá a lei 4.749, de 1965, que estabelece ao empregador até o dia 30 de novembro para quitar a primeira fatia do benefício. O governo anunciou no começo do mês que, com a queda na arrecadação, usaria da data limite para depositar a parcela. Sem avanço nas negociações, a entidade entrou ontem na Justiça para conseguir pagamento imediato.

Em tom exaltado, os servidores cobraram uma posição mais contundente do sindicato contra a administração e chegaram a pedir que a mesa diretora fosse trocada. Com discursos inflamados, alguns servidores insinuaram que havia trabalhadores atuando pelo governo dentro da entidade. Por pouco não foi vista pancadaria na assembleia.

No fim da reunião decidiu-se que será realizado um ato na quinta-feira, às 16h, em frente ao Fórum de Santo André, no Paço, para reivindicar depósito do benefício.