Israel suspendeu até nova ordem os bombardeios aéreos, as operações de eliminação seletiva e os disparos de artilharia contra a Faixa de Gaza e a Cisjordânia para permitir que o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, atue contra os grupos armados.

"Decidimos suspender as operações ofensivas que executamos na semana passada em resposta aos disparos de foguetes a partir da Faixa de Gaza contra o sul de Israel", disse uma fonte do gabinete do primeiro-ministro Ariel Sharon que não quis revelar a identidade.

Segundo este funcionário, a decisão implica a suspensão "no momento" dos ataques da aviação israelense na Faixa de Gaza e dos disparos de artilharia contra o norte deste território, assim como das operações de eliminação seletiva de ativistas islâmicos radicais na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

"Queremos dar a oportunidade para que Mahmud Abbas demonstre que está decidido a desmantelar as organizações terroristas antes de sua viagem aos Estados Unidos, prevista para 20 de outubro", acrescentou a fonte. "Israel também pensa que com todos os golpes duros que aplicou ao Hamas, esta organização entendeu que as regras do jogo mudaram desde nossa retirada da Faixa de Gaza e que não toleraremos nenhum ataque procedente desta região", disse.

A fonte informou que o dispositivo militar instalado depois da intensificação da violência na Faixa de Gaza no fim de semana passado permanecerá no local para enfrentar qualquer retomada dos ataques terroristas.

Sharon afirmou no dia 25 de setembro que não pretendia impor nenhuma limitação ao exército israelense no combate aos terroristas que disparam foguetes contra Israel.