Depois de rejeitar candidatura em Santos, ex-ministro da Saúde pode assumir função de confiança enquanto prefeito apresenta Tarcisio na eleição
Demitido em setembro pela presidente Dilma Rousseff (PT) do posto de ministro da Saúde, Arthur Chioro rejeitou a possibilidade de ser candidato do PT em Santos e reduziu a quase zero a chance de retornar à função de secretário de Saúde em São Bernardo. Entretanto, o prefeito são-bernardense, Luiz Marinho (PT), trabalha nos bastidores para que Chioro reintegre a equipe, mas em novo posto no secretariado.
Internamente, Marinho estuda a viabilidade de ter Chioro como secretário de Governo. Ele acredita que o ex-ministro tem perfil ideal para conduzir as ações políticas e administrativas da Prefeitura, principalmente no segundo semestre, quando o prefeito tiver de ir às ruas para apresentar seu candidato à sucessão no Paço, o secretário de Serviços Urbanos e de Coordenação Governamental, Tarcisio Secoli (PT). Tarcisio ainda patina nas pesquisas e a aparição de Marinho, a cada dia, parece ser vital para as pretensões do ex-sindicalista, que vai debutar em eleições.
O cargo na Pasta de Governo é ocupada por José Albino (PT), que vai sair da administração para ser um dos coordenadores da campanha de Tarcisio – ao lado do deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT). Assim, Chioro poderia retornar ao governo sem trauma de demissão de secretários.
A possibilidade foi comentada no fim do ano passado, mas como cresceram os rumores de que Chioro assumiria a campanha petista em Santos (onde tem título eleitoral), Marinho colocou a discussão em segundo plano. “Sou santista, meu título de eleitor é de lá, sou filiado a partido político (PT), mas não tenho intenção. Não faz parte. Meu projeto pessoal é trabalhar na universidade”, disse Chioro, durante evento na FUABC (Fundação do ABC). O ex-ministro retomou as aulas na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), na Escola Paulista de Medicina.
Ao ser indagado sobre retorno ao governo Marinho, Chioro apenas negou a chance de reassumir a Saúde, hoje com Odete Carmen Gialdi. Ela era adjunta do petista e assumiu o comando da Pasta quando, em 2014, o petista foi convidado para dirigir o Ministério da Saúde, então nas mãos de Alexandre Padilha, que deixou o cargo para ser candidato do PT ao governo do Estado – ficou em terceiro lugar e hoje é secretário da área no governo Fernando Haddad (PT), na Capital. “A secretaria está muito bem servida pela Odete. É pessoa não só da minha confiança, mas também do Marinho. Domínio técnico, gestora extremamente qualificada. E eu preciso reassumir as minhas funções na universidade. Fico muito agradecido se o prefeito lembrou do meu nome, por carinho. Mas eu estou totalmente envolvido com a minha nova função de professor de universidade pública.”
Até outubro, Chioro estava na lista do PT de São Bernardo para ser candidato à sucessão de Marinho – também concorriam Tarcisio, Luiz Fernando e o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques. Chioro não mudou o título eleitoral, o que o tirou da concorrência interna.
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