Legenda com largo histórico de prefeitos eleitos tenta reorganização depois de saída de Auricchio
A pouco menos de um ano da eleição de 2016, o PTB de São Caetano ainda não definiu como caminhará no pleito do ano que vem. O partido, que chegou a governar a cidade por três décadas, luta para manter papel protagonista no processo de sucessão do prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) em meio a cenário que se desenha com polarização entre o peemedebista e o ex-prefeito José Auricchio Júnior (ex-PTB, hoje PSDB).
Oficialmente, os petebistas falam que poderão lançar candidato próprio ao Paço, mas nos bastidores trabalham para ocupar a vaga de vice de Pinheiro. Atual detentora do posto, Lúcia Dal’Mas (PRTB) está rachada com o peemedebista e garante que vai disputar o Palácio da Cerâmica. Presidente da Câmara e atual comandante do PTB na cidade, Paulo Bottura é um dos que reivindicam o posto, também disputado pelo líder de governo, Jorge Salgado (ex-PTB, hoje Pros) – o secretário de Governo, Nilson Bonome (PMDB), é defendido por ala dentro do Paço. Insatisfeito com a saída de Auricchio do partido, o presidente paulista da legenda, deputado estadual Campos Machado, já anunciou que a sigla não caminhará no projeto do agora tucano.
O revés dos petebistas ocorreu em 2012, quando a então candidata da legenda à Prefeitura, Regina Maura Zetone (hoje no PSDB) perdeu a disputa para Pinheiro, que havia sido vereador justamente pelo PTB e que chegou a tentar ser indicado por Auricchio para ser candidato à sucessão. Desde então, o partido – que em 2008 venceu o pleito com 78,14% dos votos – diminuiu sua influência no cenário político da cidade. A bancada petebista eleita na eleição passada reduziu de quatro para dois parlamentares, com as saídas de Bottura e de Salgado. Neste ano, porém, este primeiro retornou aos quadros do partido.
CADEIRAS NA CÂMARA
O PTB também não definiu se fará coligação para a corrida à Câmara. Em 2012, os petebistas firmaram aliança com o DEM e com o PV, rendendo quatro vagas – todas para os petebistas. A previsão é a de que, se irem ao pleito isolados e sem candidato próprio à Prefeitura, a legenda corre risco de não reeleger os três parlamentares do partido: Bottura, Flavio Rstom e Gersio Sartori. Prevendo esse cenário, o dirigente do Legislativo tenta ser parceiro de chapa de Pinheiro na briga pela reeleição.
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