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EUA decide prosseguir com o plano de segurança em Bagdá
Por Da AFP
18/04/2007 | 18:24
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O secretario de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates afirmou nesta quarta-feira que seu país está determinado a levar adiante o plano de segurança em Bagdá, apesar dos sangrentos atentados de hoje. As declarações foram dadas durante sua visita a Israel.
 
"Sabíamos desde o começo que os rebeldes aumentariam a violência para convencer o povo iraquiano de que este plano está condenado ao fracasso, mas temos a intenção de perseverar e provar que não será assim", disse.

 Gates iniciou nesta quarta a primeira visita de um secretário de Defesa americano a Israel em sete anos, logo após fazer um alerta no Egito sobre os graves riscos de um "desmoronamento" do Iraque, país que vive uma jornada particularmente violenta.

Gates, nesta terceira etapa de sua passagem pelo Oriente Médio que incluiu Jordânia e Egito, reuniu-se logo ao chegar a Tel Aviv com o colega israelense, Amir Peretz, no ministério da Defesa. O secretário de Defesa dos Estados Unidos tem um encontro marcado para esta quinta-feira com o primeiro-ministro de Irael, Ehud Olmert. A última visita de um secretário de Defesa americano a Israel foi feita por William Cohen em 2000.

O polêmico programa nuclear iraniano será um dos temas centrais que Gates deverá analisar em solo israelense, num momento em que Washington e Israel - principal aliado americano na região - estimam que Teerã pretende desenvolver a bomba atômica.

"O primeiro ato do secretário de Defesa é tranqüilizar Israel em relação à questão iraniana e o programa nuclear", afirmou um funcionário do Pentágono que acompanha Gates na viagem.

Robert Gates também conversará com autoridades israelenses sobre assuntos regionais, "particularmente relacionados a Líbano, Síria e faixa de Gaza", acrescentou, mas pediu para permanecer no anonimato.

O chefe do Pentágono também deve conversar com Israel sobre um projeto americano de venda de armas sofisticadas à Arábia Saudita e a outros países do Golfo. A função dos estoques desse tipo de armamento, estimados entre cinco e dez bilhões de dólares, é contrabalançar o poderio bélico do Irã.

No Cairo, Gates advertiu para as conseqüências de um "desmoronamento" do Iraque, onde 172 pessoas morreram nesta quarta-feira em diversos atentados com carros-bomba.

"As conseqüências do fracasso de um Estado iraquiano e o caos terão um impacto negativo sobre a segurança e a prosperidade em cada um dos países do Oriente Médio e da região do Golfo", declarou Gates.

"Um desmoronamento total no Iraque repercutirá nas capitais e nas comunidades do Oriente Médio, muito antes que em Washington ou Nova York", disse Gates. O Egito realizará em seu balneário de Sharm-el-Sheikh uma conferência ministerial sobre o Iraque nos dias 3 e 4 de maio.

Essa conferência reunirá os países vizinhos ao Iraque, além de Bahrein, Egito, a Liga Árabe, a OCI (Organização da Conferência Islâmica), a ONU, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança - Estados Unidos, Grã-Bretanha, Rússia, França e China -, os outros membros do G8 - Canadá, Alemanha, Itália, Japão - e a União Européia.

O Irã disse que não havia ainda decidido se compareceria, e condicionou sua participação à liberação de cinco iranianos detidos pelos americanos no Iraque.




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