Mesmo conturbado por greve, demissões e reestruturação, o balanço final 2006 trouxe resultados positivos para a Volkswagen do Brasil. A começar pelo faturamento líquido: R$ 17,3 bilhões. O montante é 7% superior ao acumulado em 2005, de R$ 16,1 bilhões, e resulta do crescimento de 15% das vendas no mercado doméstico no ano passado.

A alta demanda gerou recorde de produção. Em 2006, saíram 767.350 unidades das linhas de montagem das fábricas da Volks – aumento de 6% do volume produzido em 2005, de 725.888 unidades. Segundo a empresa, foram montados 546.802 automóveis, 46.960 comerciais leves, 28.612 caminhões, 6.771 ônibus e 138.205 unidades CKD (kits de veículos desmontados). Esse total representa 29% da produção total da indústria automotiva nacional.

Em geral, no mercado nacional de veículos – que vendeu 1.927.738 unidades – a participação da montadora alemã foi de 22,8%. O Grupo Volkswagen – cujas marcas são Volkswagen, Audi e Volkswagen Caminhões e Ônibus – ficou na vice-liderança do mercado, com 440.140 unidades comercializadas: 374.715 carros de passeio, 38.074 comerciais leves, 22.404 caminhões e 4.924 ônibus.

EXPORTAÇÕES
A Volks ainda se destaca entre as principais companhias exportadoras do país. Entretanto, como já havia sido sinalizado pelo ex-presidente da montadora, Hans-Christian Maergner, a estratégia adotada a partir de 2006, é de redução das exportações em volume e aumento dos preços em 28%. Clara conseqüência da desvalorização do dólar frente ao real.

A postura resultou na queda de 23% do número de veículos embarcados, em relação a 2005.

Mesmo assim, a Volkswagen enviou 34% do total da produção de automóveis e comerciais leves a 65 mercados – os principais são Europa, Argentina e México. Ao todo, foram vendidos no exterior 202.409 veículos montados, sendo 194.395 automóveis e 8.014 comerciais leves.