Política Titulo Diadema
Crítica e pouca ação sobre aumento em Diadema

OAB e Sindema contestam alta em salário de vereadores, ACE e MP se calam

Caio dos Reis
Especial para o Diário
18/07/2015 | 07:00
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Nario Barbosa 21/5/15


Algumas entidades de Diadema criticaram o aumento dos salários dos vereadores, mas evitaram levar adiante ação para contestar juridicamente o projeto de lei aprovado na quinta-feira à noite, às pressas, que autorizou a alta de 49% nos vencimentos parlamentares – salto de R$ R$ 10.192,10 para R$ 15.193,27. Outras sequer se posicionaram a respeito do tema.

A comissão de controle de gastos públicos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), por meio de seu presidente Edivaldo Lubeck, condenou a majoração, citando baixo número de sessões semanais – apenas uma. “Acho um despropósito esse aumento tendo em vista a crise mundial financeira. O salário vai ser desproporcional à produção e ao número de sessões do Legislativo de Diadema”, condenou o advogado.

Qualquer ação efetiva por parte da OAB precisa ser autorizada pela presidente da subsecção local, Marilza Nagazawa. Procurada pela equipe do Diário, ela não retornou aos contatos por telefone.

O Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema), que recentemente liderou greve até obter reajuste inflacionário concedido pelo governo de Lauro Michels (PV), repudiou a aprovação a alta salarial dos vereadores.

“É um percentual fora da realidade. Além disso, eu repudio o jeito que a aprovação foi feita, em uma sessão extraordinária e sem ninguém saber. Em maio o salário deles já teve um aumento de 7%”, afirmou o presidente do Sindema, José Aparecido da Silva, o Neno, lembrando que os parlamentares têm direito, em Diadema, a reajuste no mesmo índice do cedido ao funcionalismo público. A entidade informou não saber se vai contestar judicialmente a decisão do Legislativo.

A equipe do Diário procurou também a presidente da ACE (Associação Comercial e Empresarial) de Diadema, Vera Lucia Rocha, e representantes do Ministério Público local, mas ninguém se pronunciou sobre o polêmico caso.

O projeto prevê impacto anual de R$ 1,26 milhão a partir de 2017, na próxima legislatura. Em quatro anos, a Prefeitura terá de gastar R$ 5 milhões a mais com vereadores, uma vez que é o Executivo quem repassa recursos para custeio do Legislativo. O texto foi aprovado e defendido por todos os vereadores.




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