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Preço do álcool sobe pela quinta vez seguida no Grande ABC
Por Daniel Trielli
Do Diário do Grande ABC
24/04/2007 | 07:12
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A colheita de cana-de-açúcar se iniciou, os seus derivados (álcool e açúcar) já começaram a ser produzidos, os preços nas usinas começam a ceder, mas nada disso foi revertido para o motorista do Grande ABC. Pelo contrário: na última semana, o preço do álcool hidratado (com adição de água, para abastecimento direto), ficou ainda mais caro: alta de 1,62%.

Hoje o preço médio do litro do derivado de cana no Grande ABC é R$ 1,441, de acordo com o levantamento semanal do Diário com base na pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo). O valor atual é pouco mais de dois centavos mais caro do que o registrado na pesquisa anterior (R$ 1,418).

Esta é a quinta alta consecutiva no preço do álcool na região. Os aumentos começaram na segunda semana de março. Até então, os altos estoques de álcool nas usinas haviam mantido o preço sob controle, apesar da entressafra da cana-de-açúcar. Durante esse período, o normal é que o custo do álcool dispare, devido à falta do combustível no mercado.

Quando o estoque chegou ao fim nas usinas, a safra da cana ainda não havia se iniciado e os preços começaram a rota ascendente. Desde então, o preço do álcool nos postos do Grande ABC acumula encarecimento de 10,59% – o que equivale a uma diferença de quase 14 centavos.

O preço do combustível no produtor chegou a diminuir na semana retrasada, por conta do começo da safra da cana-de-açúcar e conseqüente aumento na oferta de combustível. De acordo com o acompanhamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP), entre a última semana de março e a primeira de abril, o preço do álcool hidratado caiu 1,5%. Mas com o aumento da procura e a produção ainda engatinhando, voltou a subir na semana posterior: 2,11%.

No entanto, essas flutuações não se refletem com tanta rapidez ao consumidor final. Isso porque cada reajuste tem de passar pelas usinas, depois pelas distribuidoras e só então pelos postos de combustível. Ou seja, até o motorista ver alguma mudança real por conta do início da safra ainda é preciso algumas semanas.

REGIÃO
No Grande ABC apenas Ribeirão Pires teve queda no preço médio (-0,33%). Em Santo André houve a maior alta (2,44%), seguido por São Bernardo (1,87%), Diadema (1,29%), São Caetano (0,76%) e, por fim, Mauá (0,65%). Essa última tem o menor preço do álcool entre as seis cidades (a ANP não contabiliza Rio Grande da Serra), de R$ 1,401.



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