As ficções científicas servem para que o cinema projete na tela suas mais loucas viagens mentais sobre extraterrestres e seu contato com os humanos. Esse encontro quase nunca é amigável e traz à tona algumas complicações típicas das guerras que vemos diariamente nos noticiários.
Em Invasão do Mundo - Batalha de Los Angeles, filme que estreia hoje nos cinemas brasileiros, mais uma vez os norte-americanos são a nossa última esperança contra o ataque alienígena. O longa surgiu como uma das surpresas que movimentaram os corredores da Comic-Con (principal feira do entretenimento em todo o mundo) do ano passado. Mas a grande expectativa não se confirma nas telas.
A impressão que fica é de que o diretor Jonathan Liebesman (do terror No Cair da Noite, de 2003) não soube como apresentar a ideia no formato de um filme. Ele tenta mostrar uma estranha onda alienígena chegando à Terra em busca de algo (não é explicado o que seria o objeto de desejo dos invasores). Em meio aos fatos, o sargento-ajudante Michael Nantz (Aaron Eckhart) lidera um pelotão que tem a missão de entrar em de área já dominada pelos ETs.
O que se vê são cenas repletas de tensão e frenéticas o bastante para prender a atenção do público por alguns instantes. A complicação está no roteiro, que não se torna interessante e nem muito diferente de outros filmes do gênero - que têm o conflito entre humanos e seres extraterrestres como pano de fundo.
Os espectadores mais jovens devem reparar a semelhança de alguns momentos com cenas de games de tiros como Counter-Strike e Battlefield. Os instantes finais deixam margem para que uma continuação possa ser feita. Pelo resultado cinematográfico de Batalha de Los Angeles, é melhor que a ideia pare por aqui.