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São Caetano acolhe segurados de convênio
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
12/08/2010 | 07:01
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Os clientes do liquidado extrajudicialmente plano de saúde Di Thiene, que moram em São Caetano, estão assegurados pelo atendimento público da cidade. A Secretaria de Saúde Municipal informou que comporta atendimento dos 154 mil moradores em sua estrutura de saúde pública. A Pasta acrescenta que este grupo inclui os 4.147 conveniados que estão sem atendimento pelo fim do Di Thiene.

A secretaria encaminhou pedido, no dia 15, para que a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) envie os cadastros dos 7.648 conveniados para que a administração municipal confeccione os cartões do SUS (Sistema Único de Saúde). Porém, aguarda resposta do órgão federal.

Com os cartões do SUS, os moradores da cidade terão acesso ao cadastro nos postos de atendimentos municipais e poderão desfrutar da estrutura oferecida. Ao todo são nove UBS (Unidades Básicas de Saúde), seis centros de especialidades, três hospitais e quatro centros de terceira idade.

Por outro lado, os 3.501 clientes do Di Thiene que não residem em São Caetano serão contemplados, apenas, com os cartões SUS, após a liberação das informações por parte da ANS, e atendimentos emergenciais. Para consultas especializadas e tratamentos, deverão realizar a portabilidade especial liberada pela ANS (contratação do serviço de outra operadora com isenção do período de carência). Outra opção é buscar o serviço de saúde público na cidade onde reside.

PRÉDIO
A Prefeitura afirmou que recebeu informação de que vários funcionários do Hospital São Caetano continuam frequentando as instalações do estabelecimento. Por isso, não tomou providências para evitar a entrada de pessoas desabrigadas no prédio.

ASSEMBLEIA
O conselheiro administrativo do Hospital São Caetano, Valmir Borges de Sales, disse que o conselho deliberativo do estabelecimento aprovou, em assembleia, a proposta para a aquisição da empresa BSA, que arrendou o hospital. "Espero o contato dos advogados da companhia para realizar as negociações", disse. Ele explica que este seria o primeiro passo para levantar o São Caetano, que funcionou parcialmente até julho.

Alguns funcionários e médicos ainda continuam presentes no hospital com salários atrasados e a esperança de que o São Caetano volte à sua normalidade.

Trabalhadores da Neomater fazem reunião com sindicato

Os 320 trabalhadores do Hospital Puer - antiga Neomater - participam hoje, a partir das 15h, de reunião na sede do SindSaúde (Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Privados de Saúde) para discutir ações contra a empresa, que fechou as portas na semana passada deixando dois salários vencidos e atrasos também nos benefícios trabalhistas dos servidores.

A maior reclamação dos trabalhadores é o fato de o estabelecimento ter sido lacrado pelo ministério público e a diretoria do local ter desaparecido, sem prestar contas sobre a situação. "Deixaram só um rastro de dívidas para trás. Nós acreditamos no hospital, trabalhamos, mesmo sem receber para tentar reverter a situação e acabamos totalmente desamparados", atesta trabalhador que, temendo retaliações, prefere não ser identificado.

O sindicato estima que hospital responda atualmente por cerca de 800 ações trabalhistas, no entanto, o fechamento definitivo do local fez com que nova leva de trabalhadores buscasse auxílio junto à entidade.

"Vamos orientá-los sobre o que pode ser feito, mas é uma situação muito complicada", conta o presidente do sindicato, Waldir Tadeu David. Com dívidas desde o ano passado, o hospital, que foi referência no atendimento neonatal, Há a possibilidade de que o espaço vá a leilão judicial nas próximas semanas para liquidar dívidas que se acumulam com funcionários e credores. O montante total devido ainda não foi avalizado.(Paula Cabrera)




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