O melhor desempenho no Estado foi do litoral, com 6,6%. A região que inclui ABCD, Osasco e Guarulhos veio em seguida, com 2,72%. A capital apresentou crescimento de 2,2% e, no interior, houve queda de 3,58%. A pesquisa é realizada em 1,3 mil imobiliárias de 37 municípios do Estado.
Segundo Émerson Castello Branco, coordenador técnico da pesquisa Creci-SP, a queda no desempenho do Estado e os índices baixos em outras regiões não significam reversão no mercado de locação. “Foi uma oscilação mensal que acontece em alguns períodos do ano”, disse.
Branco afirmou que o mercado de aluguéis costuma ser mais aquecido que o de vendas e essa tendência não deve mudar neste ano. “Os valores são mais baixos e, portanto, a reação econômica demora mais a chegar no setor de vendas. O aluguel é o primeiro a mostrar resultados positivos”, disse.
No grupo formado por ABCD, Guarulhos e Osasco, só houve dois resultados piores durante o ano. Em abril, a queda foi de 5,91% e, em julho, de 4,41%. Os melhores resultados foram em janeiro, com 18,66%, e em março, com 12,94%.
Os imóveis mais alugados têm aluguel até R$ 600 mensais. Na região pesquisada pelo Creci-SP, essa faixa de locação concentra 94,52% dos novos contratos; na Capital, 74%; no interior, 86,14%; e no litoral, 91,3%. Na região que inclui o ABCD, 62,76% dos novos aluguéis custam entre R$ 201 a R$ 400.
Os imóveis de dois dormitórios são os preferidos pelo consumidor e correspondem a 40% dos aluguéis do Estado. “É uma faixa de preço mais acessível e com oferta grande no mercado”, disse Branco.
Inadimplência – A inadimplência no setor de locação aumentou 7,44% na região que inclui o ABCD em agosto. Nas demais regiões do Estado, houve queda: de 9,64% na capital, 7,36% no interior e 5,8% no litoral.
De acordo com Milton Bigucci, presidente da Acigabc (Associação de Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC), apesar do aumento verificado em agosto, a inadimplência tem diminuído com relação ao ano passado. “Percebemos que o inquilino está colocando as contas em dia. Por isso, a inadimplência deve cair daqui para frente.”
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