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Celular fica dois meses com defeito
Por Verônica Fraidenraich
Do Diário do Grande ABC
18/10/2005 | 08:25
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Há dois meses, a comerciária Lúcia de Nazaré Oliveira, 51 anos, de São Bernardo, enfrenta problemas com o seu celular pré-pago. Usuária da Vivo há quatro anos, ela conta que de uma hora para outra o aparelho parou de fazer e receber chamadas. Quando o problema surgiu pela primeira vez, Lúcia ligou para a operadora e confirmou diversas informações de seu cadastro. O celular voltou a funcionar, mas, dias depois, ela diz que o problema reapareceu. Lúcia afirma que a mesma história se repetiu cinco vezes. Ela ligava para o atendimento da operadora, reprogramava o celular, o aparelho voltava a funcionar e, dias depois, parava novamente.

A última reprogramação foi feita na sexta-feira, após o Diário entrar em contato com a Vivo, no dia 11, para pedir informações sobre o caso. “Vamos ver quanto tempo vai durar”, disse a comerciária. Segunda-feira, o aparelho continuava funcionando, porém, Lúcia não conseguia enviar nem receber mensagens de texto. “Liguei novamente para eles e me disseram que era problema no sistema.”

Até então, quando ligava de seu aparelho, uma mensagem informava que seu número não constava no sistema. “O celular até voltava a funcionar, mas em poucos dias, ficava mudo novamente”, conta a comerciária. Ela diz também ter observado que os créditos do aparelho eram consumidos rapidamente. “Sempre ponho R$ 30, que não estavam durando nem um dia.”

A Vivo informou que “fez as devidas análises na linha telefônica e não identificou nenhuma irregularidade que pudesse interferir no funcionamento do telefone celular”. Nos últimos dias, a operadora fez duas tentativas de reprogramação. A primeira vez foi na terça-feira passada, quando Lúcia diz ter ficado uma hora falando com uma atendente, sem sucesso. “Chegaram a me sugerir que fosse a uma assistência técnica autorizada verificar se o problema era no aparelho”. A comerciária não chegou a ir até a assistência técnica da marca, a Motorola. Na sexta-feira, a Vivo entrou em contato com a cliente mais uma vez para instruir a reprogramação. Deu certo e o aparelho voltou a funcionar.

Charles Moura Alves, assistente de direção do Procon de Santo André, explica que a consumidora deve levar o aparelho a uma assistência técnica do fabricante para certificar-se de que não há defeito. “Se não for constatado isso, a usuária deve pressionar a operadora para que diga de forma definitiva qual o problema na prestação do serviço. E ela deve ser ressarcida pelas chamadas que não conseguiu realizar, mesmo que não tenha sido feita cobrança”, explica Alves. Se o problema for no aparelho – Motorola modelo C350 –, o fabricante é quem ter de arcar com os custos, desde que o celular esteja no prazo de garantia.

O assistente de direção do Procon de Santo André completa informando que a usuária ainda pode entrar com uma ação judicial por danos morais e materiais, contra a operadora ou o fabricante, depois que descoberto o responsável pelo prejuízo. “Por exemplo, se perdeu oportunidades de trabalho porque não conseguirem falar com ela”, acrescenta Alves.



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