Política Titulo Merenda
Governistas cobram parecer do Executivo

Em São Bernardo, o bloco de sustentação visa um
posicionamento de Marinho sobre corte da merenda

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
19/02/2015 | 07:00
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Montagem/DGABC


Vereadores da bancada governista de São Bernardo cobram posicionamento do governo Luiz Marinho (PT) em relação ao futuro da secretária de Educação, Cleuza Repulho (PT). Uma semana após ter sido convocada pela Câmara para prestar esclarecimentos sobre o corte da merenda nas escolas da rede municipal, os parlamentares seguem sem saber a postura do prefeito. A petista foi convidada no dia 11.

Presidente da Casa, José Luis Ferrarezi (PT) garantiu não saber qual a data que Cleuza irá comparecer ao Legislativo. “Pelo regimento interno, ela não pode comparecer em um período inferior a dez dias. Fica estabelecido que o dia certo para o seu comparecimento será acordado entre o Executivo e Legislativo, mas até agora nada. Espero que seja o mais breve possível”, comentou.

Um dos líderes da bancada petista, Tião Mateus também expressou desejo de receber informações do Paço sobre o caso e ainda externou opinião de que o governo deveria “reconhecer erro”. “Não há nada mais grandioso em reconhecer falhas. Penso que essa deveria ser a postura”, frisou Tião, que criticou novamente a secretária. “Já a defendi em outros momentos, mas nessa situação da merenda não tem defesa”, complementou o petista, que chegou a pedir publicamente a demissão da secretária.

Integrante do bloco de sustentação, Ramon Ramos (PDT) prometeu encampar movimento contra Cleuza, caso a Prefeitura siga sem prestar explicações. “Gostaria ao menos de reunião para ter ciência sobre o que será resolvido. Se não tiver retorno, vou enviar requerimento de informação e, caso ficar sem resposta, vou manifestar vontade pela não permanência da Cleuza na administração”, ressaltou o pedetista, que tem filha que estuda na rede municipal.

Oposicionista, Julinho Fuzari (PPS) aproveitou a situação para atacar o governo. “Isso demonstra que a Prefeitura não respeita nem a sua base”, condenou.

RETORNO

Conforme revelado pelo Diário na segunda-feira, o Paço retomou o serviço de refeição de maneira integral nas unidades da região do pós-balsa.

Nas quatro escolas do bairro, o serviço voltou a ser ofertado por nova equipe de merendeiras e cozinheiras. “As pessoas que trabalhavam aqui na cozinha foram demitidas. No entanto, o importante é que alimento voltou a ser repassado para todos”, informou um professor, que pediu para não ser identificado.

Enquanto o quadro foi normalizado no pós-balsa, profissionais de escolas do Jardim Pinheirinho e do Areião informaram que a restrição perdura e que não há mais trabalhadores na merenda.
Procurada, a Prefeitura não respondeu sobre o assunto.  




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