``Estamos nas colinas, perto da localidade de Pervomaiaskaia, de onde vemos perfeitamente Grozny e de onde podemos disparar', declarou o representante.

Centenas de homens, tanques e blindados leves tomaram posiçoes nesta zona sem encontrar a menor resistência.

As tropas russas se aproximaram de Grozny atravessando as colinas por uma área pouco povoada a Oeste de Severodvinsk e Samachki (Oeste).

``Nossas forças nao entraram nas cidades para evitar qualquer enfrentamento', declarou o representante.

No domingo (17), o primeiro ministro russo, Vladimir Putin, afastou a hipótese de lançar um ataque maciço contra as cidades chechenas com o objetivo de reduzir ao máximo as perdas humanas.

``Nao vamos recorrer à tática das açoes militares em grande escala, com ataques de tanques e assaltos a cidades', declarou o chefe de governo russo na televisao.

No domingo (17) e na manha desta segunda-feira, uma relativa calma predominou na Chechênia. Combates esporádicos entre chechenos e russos ocorreram na regiao Norte, perto de Chervlionnaya-Uzlovaya e de Novochedrinskaya.

A aviaçao russa seguiu seus bombardeios sobre a Chechênia na noite de domingo (17) para segunda-feira, especialmente nos distritos de Chatoi, Itum-Kalinski (Sul), assim como na estrada que une Argun e Grozny.

O chefe de operaçoes das forças armadas chechenas, Mumadi Saidaiev, disse que os russos controlam atualmente um terço dos distritos de Naurskaya, Chelkovskaya e Nadteretchni, no Norte da Chechênia.

A Rússia lançou em 1º de outubro um ataque terrestre contra a Chechênia, onde os rebeldes islâmicos que atacaram o Daguestao em agosto e setembro mantêm sua base. Estes mesmos rebeldes sao suspeitos de terem provocado os atentados que mataram 293 pessoas na Rússia, entre 31 de agosto e 16 de setembro.

Por enquanto, os combates na Chechênia mataram 178 pessoas no lado russo e 2.500 no checheno, segundo o general russo Valeri Manilov, citado pela agência Itar-Tass.

O balanço de perdas divulgado pela agência, é muito maior que o reconhecido até agora (47 mortos) pelas forças russas.

O ministério russo de Situaçoes de Emergência informou, nesta segunda-feira, que 160 mil refugiados da Chechênia se encontravam nos territórios fronteiriços da república rebelde, particularmente na Inguchia, onde autoridades locais e algumas organizaçoes nao-governamentais falam de uma ``catástrofe humanitária'.