Economia Titulo Paralisação
Terceirizados do Sesi fazem greve em Diadema

Funcionários de limpeza, portaria e
jardinagem dessa unidade param por falta de pagamento

Por Renata Rocha
Especial para o Diário
12/11/2014 | 07:20
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Orlando Filho/DGABC


Funcionários que atuam com serviços de jardinagem, portaria e limpeza na unidade do Sesi (Serviço Social da Indústria) de Diadema, paralisaram os serviços ontem por falta de pagamento do salário referente a outubro, além de vale-alimentação e cesta básica. Eles são terceirizados contratados pela RV3 Serviços, com sede na Capital.

Para a diretora da unidade, Luciana Vertola, a paralisação foi uma surpresa. Ela diz que entrou em contato com a central administrativa da instituição para saber as providências a tomar. “A administração contou que os pagamentos junto à empresa estão em dia. Hoje (ontem) estamos atendendo os alunos com equipe de funcionários do próprio Sesi, mas por enquanto, não tenho como dar retorno aos grevistas.”

“Se o Sesi diz estar com os pagamentos em dia, o mínimo que eles podem fazer é cobrar a RV3 Serviços. Alguém precisa se responsabilizar”, reclama uma funcionária da jardinagem, que preferiu não se identificar. Segundo o diretor do Siemaco ABC (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana do Grande ABC) Marcelo Lagares, a informação passada pela entidade da indústria é de que será contratada outra empresa, em caráter de emergência, para realizar os serviços no lugar dos funcionários em greve. Ele tentou contato com os responsáveis pela RV3, sem sucesso. A equipe do Diário também procurou a empresa, mas os telefones da companhia não atendiam ontem.

Lagares diz que o Sesi tem a responsabilidade por lei de encaminhar os trabalhadores que estão sem pagamento. “Amanhã (hoje) virá um advogado do sindicato para auxiliá-los a buscar os direitos judicialmente, até para terem a liberação das verbas rescisórias e do fundo de garantia”, diz Lagares. Desde sexta-feira, os 46 funcionários da prestadora no local, além de não receber salário, estão sem vale-refeição e cesta básica, de R$ 81. “Está um descaso total e só paramos porque precisamos de um retorno. Não podemos ficar sem emprego”, diz uma funcionária da limpeza.

Para manifestar sua indignação, eles se reuniram ontem na porta do Sesi Diadema, amparados pelo sindicato.

O problema de falta de pagamento de terceirizados se estende a outras cinco unidades do Sesi e do Senai na Capital, onde a RV3 também prestava serviços, com outros 150 funcionários. O Siemaco busca contato com a instituição para bloquear a fatura que a prestadora de serviços recebe e destinar o recurso às verbas rescisórias.

(Colaborou Leone Farias)
 




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