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Análise
O Brasil e o cenário mundial
Por Simpi
18/12/2019 | 07:15
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Segundo recente relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional), a taxa de crescimento da economia mundial será menor do que havia sido previsto, ou seja, de 3%, ante 3,2% do levantamento anterior. O professor doutor em finanças corporativas e mercados financeiros pela FGV-SP (Fundação Getulio Vargas), Joelson Sampaio, explica quais são as implicações dos resultados desse relatório para o nosso País. “O Brasil tem relação comercial muito forte com a Europa, os Estados Unidos e a Ásia, e quando vemos o desenrolar desse conflito entre China e Estados Unidos, bem como o Brexit, isso acaba afetando o crescimento da economia de todo o mundo, inclusive do Brasil, que tem uma matriz de exportação muito voltada para commodities e que, com essa desaceleração, também experimentará um crescimento econômico menor”, afirma ele.

Segundo o professor, trata-se de enorme desafio para o governo brasileiro que, além da necessidade de avançar nas suas pautas de reformas estruturais, precisa elevar seu crescimento econômico, há muito prejudicado pela crise, que gerou quase 13 milhões de desempregados e fez o País andar de lado, ou seja, ter crescimentos em torno de pífios 1%. “O nosso maior desafio é movimentar a economia e promover seu crescimento. Para isso, o relatório do FMI também destaca que o Brasil precisa avançar nas suas reformas e melhorar a questão fiscal, para que, com isso, possa voltar a conquistar a confiança dos agentes econômicos e dos investidores internacionais”, diz Sampaio. “Se fizer sua lição de casa, poderemos aproveitar uma importante janela de oportunidade deixada pelo conflito comercial entre a China e os Estados Unidos, de forma a promover mais negócios e melhorar a balança comercial.”

Crédito (ainda) não chegou à ponta

Apesar do cenário econômico mais favorável à oferta de crédito no Brasil, com a taxa básica de juros da economia (Selic) caindo de 14,25%, em 2016, à mínima histórica de 4,5% ao ano, em 2019, os juros para empréstimos às pessoas físicas, porém, ainda não voltaram aos níveis anteriores da crise econômica no País, o que só deve acontecer em 2023, segundo as expectativas do BC (Banco Central). O elevado spread bancário – diferença entre o custo do dinheiro para o banco, ou seja, quanto paga ao tomar empréstimo e quanto ele cobra para o consumidor na operação de crédito – ainda é a principal razão para isso.

Segundo o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco Lima Gonçalves, o alto índice de desemprego, a inadimplência, os custos administrativos, a tributação, a margem de lucro e, principalmente, a baixa competição no sistema financeiro, são alguns fatores que compõem o spread bancário, e que, necessariamente, não mudam com a redução taxa básica de juros. “Porém, com a implementação do cadastro positivo e os ajustes na gestão do compulsório, entre outras providências, a tendência é a de que os juros comecem a cair de forma mais gradual e consistente a partir do ano que vem”, aposta.

Reforma trabalhista faz dois anos

Ao completar dois anos, a reforma trabalhista trouxe modificações significativas nas relações de trabalho no País, embora a implementação de muitos pontos tenha sido barrada por dúvidas e diversos questionamentos na Justiça, como as terceirizações. Contudo, podemos destacar alguns dados relevantes que foram obtidos. “Houve redução de 40% do número dos processos trabalhistas e uma diminuição significativa nos pedidos de indenizações por danos morais”, explica o advogado Piraci Oliveira, um dos especialistas jurídicos do Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo).  




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