Os protagonistas eram os heróis olímpicos, mas a emoção ficou por conta dos jogadores do AA Industrial, no jogo-exibição de ontem à noite, no Ginásio Celso Daniel, em Mauá. Principalmente o trio Rony, Rutger e Marcos, que completou o time formado por Carlão, Maurício, Marcelo Negrão e Paulão. "Eles nem dormiram direito à noite", confidenciou o técnico Oswaldo Begliomini. "É uma emoção muito grande estar ao lado deles", contou o meio-de-rede Marcos.

Eles só não gostaram do resultado, já que o grupo formado pelos campeões olímpicos saiu de quadra derrotado pelo placar de 2 sets a 1, com parciais de 11/15, 15/8 e 16/14.

"O pessoal sempre vem muito forte quando joga contra a gente. Não dá para brincar que acabamos derrotados", afirmou Paulão.

O atacante Marcelo Negrão, em contrapartida, ressaltou o lado show do confronto. "Ninguém treina mais. É apenas uma brincadeira", afirmou o jogador.

Os três garotos que dividiram as atenções com os ex-jogadores da Seleção Brasileira confessaram que poucos sabiam sobre os companheiros de quadra. Eles eram muito novos na época da conquista da medalha de ouro que mudou a história do vôlei brasileiro, em 1992 (Jogos Olímpicos de Barcelona).

Mas sabem bem que ontem tiveram a chance de atuar ao lado de lendas do esporte. "Eu nunca vi eles jogarem, apenas em vídeo. Mas pelo que as pessoas do meio contam, eram excepcionais", afirmou Rutger.

O levantador Maurício era o mais conhecido pelo trio. "Ele jogou um pouco mais (de tempo) que os outros. Ele eu acompanhei", contou Rony. "Quanto ao Marcelo Negrão, pela forma como ele ataca, é melhor estar do lado dele do que contra", salientou Marcos, destacando o poder de ataque do jogador que fez o ponto decisivo na conquista da medalha de ouro em 1992.