Economia Titulo Juros
Mesmo com baixa dos juros, cheque especial supera 150% ao ano
22/06/2009 | 07:00
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Mensalmente, milhares de contas correntes mudam de cor. Dias após o pagamento do salário, o extrato bancário deixa de mostrar números positivos e passa para o vermelho até que o próximo salário seja depositado. É nesse intervalo que o cheque especial vira a salvação.

No fim de abril, brasileiros usavam R$ 18,05 bilhões do limite oferecido pelas instituições financeiras, no maior valor da história. Pior que estar devendo é pagar por esse crédito.

Mesmo com a taxa básica de juros em queda, pouca coisa mudou nos juros do cheque especial. Nos maiores bancos, ele segue acima de 150% ao ano.

Entre todas as linhas de crédito acompanhadas pelo Banco Central, o cheque tem o maior spread (diferença entre quanto o banco paga para quem aplica e quanto cobra de quem empresta). Em abril, o spread estava em 156,3 pontos percentuais. Na média de todos os financiamentos para famílias e empresas, a margem é de 28,2 pontos.

Na prática, quer dizer que um cliente que aplica R$ 100 no banco tem R$ 110,03 no fim de 12 meses. Na mão da instituição, esses R$ 100 são usados para cobrir o cheque especial de outro consumidor que, ao fim do mesmo período, tem de pagar R$ 266,30.




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