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Partidários respeitam trégua de Páscoa na Ucrânia
Da AFP
09/04/2007 | 10:22
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Os partidários da ala pró-russa respeitaram uma trégua nesta segunda-feira de Páscoa, feriado na Ucrânia, à espera da análise da Corte Constitucional sobre o decreto presidencial de dissolução do Parlamento.

Segundo Natalia Dubetska, coordenadora dos protestos, quase mil manifestantes permaneciam nas tendas instaladas há uma semana diante do Parlamento.

"Nós somos ortodoxos e não faremos manifestações políticas nesta segunda-feira de Páscoa", declarou Andri Diadic, líder do Partido das Regiões do primeiro-ministro pró-russo Viktor Yanukovich.

No entanto, a tensão ainda é forte. Sábado, o presidente pró-ocidente Viktor Yushchenko reiterou que não modificaria a decisão de 2 de abril de dissolver o Parlamento, dominado pela bancada pró-russa.

Agora tudo depende da decisão da Corte Constitucional, que esta semana começará a examinar uma ação apresentada pelos deputados pró-russos. O tribunal tem prazo de um mês para anunciar o veredito.

No entanto, o presidente marcou para 27 de maio as eleições legislativas antecipadas e ameaçou com ‘diligências’ os funcionários que não permitirem a preparação do processo eleitoral, que os pró-russos se negam a aceitar antes da decisão da Corte Constitucional.

"O país deve ter paciência. A Corte Constitucional nunca é rápida. Se for que faz algo", afirma a revista Focus.

Segundo o jornal online Ukrainska Pravda, "a situação do presidente se torna cada vez mais frágil" e o setor laranja "não pode estar seguro de que a Corte Constitucional tomará o partido de Viktor Yushchenko".

Os poucos pedestres que passavam pelo centro de Kiev disseram que estavam cansados do embate político.

"Eu quero a volta da calma. Que eles cheguem a um acordo", afirmou Oksana Sibirtseva, que passeava com o cachorro. A senhora de 50 anos, partidária de Viktor Yushchenko e funcionária de uma empresa pública aeroespacial, afirmou ter piedade dos que estão acampados por causa do frio.

Denis Shevchenko, 25 anos, funcionário da empresa pública Kievenergo, também disse ter manifestado a favor de Yushchenko durante a revolução laranja, em 2004, e afirmou que votará contra todos em caso de novas eleições.

"A revolução laranja foi um momento de união da nação. Hoje, tudo o que acontece é uma questão de dinheiro. Nunca mais me manifestarei por ninguém", conclui.




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