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‘Fábrica de Cultura diminuirá violência’, diz Alckmin

Governador vistoria obras do equipamento em Diadema e exalta trabalho cultural com jovens

Júnior Carvalho
Especial para o Diário
29/07/2014 | 07:00
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou ontem que a construção da Fábrica de Cultura em Diadema contribuirá para a queda nos índices de violência no município. O tucano vistoriou na tarde de ontem as obras do equipamento, que será a primeira unidade fora da Capital. Todas outras dez escolas culturais estão instaladas em São Paulo.

“É impressionante como o trabalho cultural com os jovens ajuda a diminuir a violência”, frisou o governador. As intervenções da Fábrica de Cultura em Diadema tiveram início em junho. Com investimento de R$ 14 milhões, a unidade oferecerá gratuitamente aulas de dança, teatro, circo, música e outras oficinas culturais. “Teremos também um teatro. A fábrica vai ser instalada num local de fácil acesso para facilitar o atendimento a outros municípios”, disse o tucano, referindo-se à Praça Camões, próximo ao corredor de trólebus, no Centro.

Os índices de criminalidade em junho, divulgados na semana passada pela SSP (Secretaria estadual de Segurança Pública), mostraram queda de 62,5 % no número de homicídios dolosos – quando há intenção de matar – em Diadema, comparados com o mesmo período no ano passado. Em 2013, foram registrados oito casos de assassinatos em junho, ante três neste ano. Na contramão, os casos de furtos e roubos na cidade cresceram 41,8% no mesmo período.

Durante a atividade, Alckmin evitou falar sobre eleição. Questionado sobre possível agenda com o candidato do PSB à presidência da República, Eduardo Campos, no Interior, o tucano limitou-se a dizer que vai avaliar. “Questões eleitorais têm o seu tempo, aqui hoje é só trabalho”, despistou.

Alckmin também preferiu não falar sobre o apoio do prefeito Lauro Michels (PV) à sua reeleição. Em 2012, o tucano empenhou-se pelo verde, em detrimento de o PSDB ter candidatura própria ao Paço. Para o pleito deste ano, Lauro já afirmou adesão à candidatura de Alckmin, mesmo com o PV tendo o vereador da Capital Gilberto Natalini como postulante ao Palácio dos Bandeirantes.

Lauro não acompanhou a atividade por estar em reunião com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, em Brasília (veja mais na página 6).

A primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade, Caroline Rocha, representou o prefeito. A vistoria das obras também foi acompanhada pelos deputados estaduais Alex Manente (PPS), Orlando Morando (PSDB) e Regina Gonçalves (PV), além da presença de vereadores e integrantes do primeiro escalão do governo municipal.

CAFÉ
Após encerrado o acompanhamento dos trabalhos da Fábrica de Cultura, Alckmin se dirigiu a uma padaria próxima à Praça Camões para tomar tradicional café. Assim como aconteceu no fim de semana, em atividade ao lado do presidenciável Aécio Neves (PSDB) na Capital, o governador paulista pagou a conta no estabelecimento.

Estado deve usar mais reserva do Cantareira

A intenção da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) em utilizar mais 116 bilhões litros do volume morto do Sistema Cantareira é iniciativa preventiva, caso a seca continue, alegou o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Para garantir o abastecimento à Grande São Paulo, o governo estadual já utiliza desde maio 182,5 bilhões de litros da reserva das represas que integram o Sistema Cantareira.

“As chuvas devem voltar em setembro. Até lá, nós não pretendemos utilizar nada além do que já havíamos previsto. Mas a Sabesp está preparando todo o equipamento técnico caso haja necessidade”, explicou o governador. A proposta em ampliar a capacidade do uso do volume morto ainda precisa passar pelo crivo do Daee (Departamento de Água e Energia Elétrica) e da ANA (Agência Nacional de Águas).

“Não tem sentido ter a reserva e não poder utilizar. Isso deverá estar permanentemente em manutenção”, argumentou o tucano, que voltou a descartar racionamento de água em São Paulo.

Para ajudar a resolver a crise hídrica paulista, o governo estadual aposta na construção, através de PPP (Parceria Público-Privada), do Sistema São Lourenço, que deverá ampliar a capacidade de produção de água tratada para a Região Metropolitana em 4.700 litros por segundo. Orçada em R$ 2,2 bilhões, a obra deve ser finalizada só em 2017.




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