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Vítimas querem prisão e indenização de Fernando de Carvalho Lopes

Técnico foi banido da ginástica pelo STJD; agora, advogado espera desfecho criminal

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
02/04/2019 | 07:00
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Marcos Oliveira/Agência Senado


O desfecho do julgamento do ex-técnico de ginástica artística Fernando de Carvalho Lopes, banido do esporte pelo pleno do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica) no domingo, em Sergipe, cria expectativa agora sobre um final para o processo criminal sobre as aproximadamente 40 vítimas que acusam o profissional – que passou pelo Mesc (Movimento de Expansão Social Católica), pela ASA São Bernardo e Seleção Brasileira – de abuso sexual e assédio moral enquanto foi treinador do clube particular são-bernardense.

De acordo com o advogado representante das vítimas que aceitaram se expor, André Sica, o trabalho da defesa agora tem dois objetivos: buscar a prisão de Fernando de Carvalho Lopes e indenização às crianças e aos adolescentes que o denunciaram. “É só a primeira etapa. A gente conseguiu o banimento dele na ginástica e isso serve para nunca mais trabalhar com esse esporte e nunca mais entrar em contato especialmente com crianças e inocentes. Essa é a representatividade da nossa conquista. Mas o caminho está só começando. Vamos para a Justiça comum buscar indenização, compensação para cada uma das vítimas, para terem o ressarcimento principalmente dos danos morais sofridos. E na esfera criminal a gente também está buscando colocar essa pessoa atrás das grades”, declarou André Sica ao Diário.

De acordo com Fernando Silva Júnior, presidente do STJD da CBG, que comandou o julgamento, existe a possibilidade de que a apuração e a decisão na esfera esportiva colaborem também na criminal e na cível. “Vai depender dos juízes. Se eventualmente utilizarem, acredito que possa colaborar, sim, mas cada esfera tem total autonomia”, afirmou.

Responsável pela defesa de Fernando de Carvalho Lopes na esfera criminal, o advogado Fabio D’Elia havia dito anteontem à equipe de reportagem que a investigação não está parada. E endossou: “É só impressão que possa dar. O caso é sigiloso (corre em segredo de Justiça). Mas se não concluiu é porque não tem certeza do que aconteceu.” Por orientação de sua defesa, a fim de preservá-lo e também por conta do sigilo do processo, o ex-treinador não dará entrevistas.  




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