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Centro de parto de Diadema não tem data para sair do papel

Construção do equipamento, anunciada
em 2011, depende de compra de prédio do

Por Natália Fernandjes
do Diário do Grande ABC
21/11/2015 | 07:07
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Nario Barbosa/DGABC:


Anunciado em 2011 pelo então prefeito Mário Reali (PT), o centro de parto normal do Hospital Municipal de Diadema, no bairro Piraporinha, segue sem data para sair do papel. Embora a Prefeitura tenha concluído licitação para a construção do equipamento em agosto de 2014 com o prazo de três meses para entrega da obra, impasse relacionado à compra do prédio do complexo de Saúde impede a concretização do espaço, destinado às mulheres com gestações sem riscos.

Os recursos para a construção das cinco salas PPP (Pré-parto, Parto e Pós-parto) no quarto andar do Hospital Municipal foram garantidos mediante convênio com o Ministério da Saúde, por meio do programa Rede Cegonha, ainda em 2011, sendo R$ 322 mil do governo federal e contrapartida municipal de R$ 130 mil.

No segundo semestre do ano passado, a administração do prefeito Lauro Michels (PV) firmou dois contratos com a empresa JLA Construções e Comércio, sendo um no valor de R$ 192,6 mil para reformar e modernizar a maternidade do hospital e outro a custo de R$ 435,8 mil para a construção do centro de parto natural. Ambos davam prazo de três meses para a conclusão dos trabalhos, no entanto, a Prefeitura não tem autorização para realizar obras no equipamento público.

Isso porque o prédio do Hospital Municipal, pertencente ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), passa por alienação para a Secretaria do Patrimônio da União, que destinará o imóvel para o Ministério da Saúde. Conforme o INSS, enquanto o processo, que não tem prazo para ser concluído, não for finalizado, “o equipamento não pode passar por reformas estruturais, apenas de conservação e reparos, como troca de portas, vasos sanitários e/ou substituição de móveis.”

Em outubro, a administração do prefeito Lauro Michels (PV) iniciou processo de desocupação dos 26 leitos localizados no quarto andar do equipamento, deixando apenas dez. O processo contribuiu para a superlotação do equipamento, que realiza em média 18 mil atendimentos mensais e tem 200 leitos. “O cenário, que já era de caos, é esse aqui”, destaca funcionário que prefere não se identificar ao apontar para um dos corredores do hospital, cheio de macas com pacientes.

A promessa é que o centro de parto normal de Diadema tenha capacidade para atender 90 gestantes por mês. Hoje, a maternidade do equipamento conta com uma sala para cesarianas, uma para partos normais, uma para curetagens uterinas e enfermaria de pré-parto com seis leitos.
 




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