Economia Titulo
Obras da Recap vão gerar 6.000 vagas
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
19/12/2009 | 07:00
Compartilhar notícia


A Recap (Refinaria de Capuava), que ontem completou 55 anos de existência, avança em suas obras de modernização e se prepara para uma parada de manutenção, no primeiro semestre de 2010. As duas iniciativas, juntas, demandarão no próximo ano até 6.200 empregos temporários.

Uma das mais antigas unidades da Petrobras - embora tenha nascido nas mãos do setor privado e tenha sido incorporada à estatal apenas em 1974 -, a refinaria localizada em Mauá concluiu recentemente a fase inicial do projeto para aprimorar seu processo produtivo. Foram feitos terraplanagem e preparação do terreno, aquisição de equipamentos e, agora, a Recap está na etapa de montagem das novas instalações.

O plano de modernização, no qual companhia investe, até o fim de 2010, R$ 1,1 bilhão na refinaria, consiste na construção de unidades de hidrotratamento, que vão servir para reduzir o teor de enxofre contido na gasolina dos atuais 500 PPMs (partes por milhão) para 30 PPMs - e do diesel - de 2.500 PPMs para 50 PPMs, e ainda diminuir em 98% os poluentes do enxofre e nitrogênio.

Segundo o gerente geral da Recap, José Manuel Villar Gullin, atualmente já trabalham no empreendimento 2.800 funcionários temporários, e a perspectiva é de mais admissões, por parte das empresas contratadas. "Em 2010, com a intensificação da montagem, vamos chegar ao pico de 3.500 (trabalhadores). Também estaremos efetuando (em maio) uma parada programada de manutenção de equipamentos, com outro efetivo de 2.500 a 2.700 pessoas", afirma.

A Petrobras tem trabalhado, por meio do Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural), para qualificar pessoal na atividade, de forma a facilitar o recrutamento pelas companhias terceirizadas.

A estatal fez um estudo em que identificou a necessidade de qualificar 207.643 trabalhadores para a realização de empreendimentos previstos no período de 2009 a 2013. Em São Paulo, a expectativa é capacitar, em parceria com universidades públicas (com cursos para quem tem nível superior), Fundação Paula Souza e Cefet (para os de nível médio e técnico) e Senai (para nível básico), 21.022 até março.

Levantamento recente feito junto ao Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, identificou que 81% dos profissionais qualificados pelo programa estão empregados no mercado de trabalho na cadeia de petróleo e gás.

Os cursos são gratuitos, mas para participar, é preciso ser aprovado em processo de seleção pública. Nova triagem deve ser realizada em breve. Segundo a estatal, interessados devem ficar atentos e acessar o site www.prominp.com.br.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;