O anúncio da extinção do time profissional do Finasa/Osasco deixa o vôlei feminino do País em situação delicada. O esporte, que no ano passado viveu o auge ao conquistar a primeira medalha de ouro olímpica de sua história, passa por um momento de indefinição.

O Finasa participou das últimas oito finais de Superliga (até a temporada 2002/03 competia com o nome de BCN/Osasco) e conquistou três vezes, em 2003, 2004 e 2005. Na temporada 2008/09, a equipe venceu todas as competições que disputou, com exceção da Superliga.

O problema pode não parar por aí. A parceria da Brasil Telecom com a cidade de Brusque se encerra no dia 30 e também corre o risco de ser desfeita. A empresa deve se pronunciar nos próximos dias. A equipe possui a maior pontuadora da história da Superliga, a oposto Elisângela.

O presidente da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), Ary Graça, vai se pronunciar somente hoje. Segundo a assessoria do dirigente, ele não havia sido comunicado oficialmente pela equipe de Osasco. Ary, porém, admitiu que pode mudar os critérios do ranking de pontuação para manter atletas no País.

No sistema criado pela CBV, cada jogadora recebe uma pontuação, e os clubes podem inscrever atletas com soma total de 32 pontos. No Osasco, as campeãs olímpicas Paula Pequeno e Sassá (nível 7) e Carol Albuquerque e Thaísa (nível 6) têm mais dificuldade de serem absorvidas pelos clubes.

"A questão do ranqueamento pode complicar para as jogadoras continuarem atuando no Brasil", admitiu o ex-técnico do Osasco, Luizomar de Moura, em entrevista. "Para o vôlei isto é muito triste, a gente não sabe o que vai acontecer. Todo mundo que trabalhava lá está à disposição do mercado".