Setecidades Titulo Ribeirão Pires
Adiada decisão de levar a júri casal que esquartejou irmãos

O juiz responsável pelo caso pediu antes um memorial por escrito aos advogados e ao Ministério Público

Por André Vieira
Com Diário OnLine
10/02/2009 | 07:00
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O juiz Sidnei Vieira da Silva, da 2ª Vara de Ribeirão Pires, adiou nesta terça-feira a decisão de avaliar se irá levar a júri popular o casal João Alexandre Rodrigues e Eliane Aparecida Antunes Rodrigues, acusados da morte dos irmãos Igor Giovanni, 12 anos, e João Vitor dos Santos Rodrigues, 13 anos.

Em setembro do ano passado, os meninos foram esquartejados e tiveram os restos mortais queimados por Rodrigues e Eliane, que eram pai e madrasta das vítimas.

O juiz responsável pelo caso solicitou às partes, Ministério Público e advogados de defesa, um memorial, que equivale a uma justificativa, por escrito, em prazo não definido. Porém, antes que este memorial seja apresentado, é necessária a conclusão da transcrição das 13 testemunhas interrogadas nesta terça-feira no Fórum de Ribeirão Pires.

Três das testemunhas convocadas não compareceram. Pelo fato de o processo correr em segredo de Justiça, a imprensa não teve acesso à lista com os nomes dessas pessoas. Os réus no caso também foram ouvidos pelo Fórum.

A mãe dos meninos mortos, Cláudia Lopes dos Santos, acompanhou a audiência. Visivelmente emocionada, ela não quis falar com os jornalistas. Apenas comentou que não se encontrou com o ex-marido nas dependências do Fórum.

A denúncia - Na denúncia encaminhada em novembro ao juiz Sidnei Vieira da Silva, a promotora Mylene Comploier acusou o casal de homicídio qualificado por motivo torpe, com utilização de meio cruel (asfixia), emprego de recurso que dificultou a defesa das vítimas, além de destruição de cadáver e fraude processual, por supostamente tentarem induzir a Justiça ao erro limpando a residência onde as crianças foram mortas e se desfazendo dos objetos utilizados nos crimes.

Vítimas de maus-tratos, os irmãos fugiram de casa em 3 de setembro. Encontrados pela GCM (Guarda Civil Municipal), os garotos foram devolvidos para o pai e a madrasta pelo Conselho Tutelar e, dois dias depois, foram mortos.




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