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Mercado restrito é desafio a publicitários
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
27/04/2008 | 07:14
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A falta de oportunidades no mercado de trabalho não desestimula estudantes que sonham em ingressar no glamuroso mercado publicitário. Neste ano, por exemplo, o curso foi o segundo mais concorrido no vestibular da Fuvest, com proporção de 41 alunos por vaga.

Por essa razão, o mercado só consegue absorver entre 5% e 10% do total de profissionais, segundo o coordenador de comunicação do Sindicato dos Publicitários do Estado de São Paulo, Luís Cláudio Marchesi. “A situação se agrava com a falta de regulamentação”, afirma.

Segundo ele, há anos o Sindicato junto às agências, tenta estabelecer parâmetros salariais para cada função. “Hoje, os empresários registram os profissionais de forma a maquiar salários dentro de uma mesma função”, esclarece. O piso salarial do publicitário é de R$ 712 (Capital e Grande São Paulo) e de R$ 503 para Interior e Litoral.

Segundo o professor Arlindo Ornelas Figueira Neto, coordenador do curso na USP, já que o mercado não consegue absorver todos os profissionais é preciso duas coisas: apostar na boa formação e escolher as regiões que mais oferecem oportunidades. “São Paulo é onde se concentra mais necessidade por essa mão-de-obra, além do Rio de Janeiro.”

Outra opção para driblar a falta de vagas é abrir o leque de opções. “A maior parte das pessoas deseja atuar em agências. Por que não atuar em outros departamentos, como o de pesquisa?”, questiona a diretora da área de comunicação da Imes, em São Caetano, Ana Claudia Marques Govatto.

O coordenador do curso na Universidade Metodista, em São Bernardo, Fernando de Almeida, acredita que para vencer a competitividade é preciso buscar conhecimento. “Ampliar os horizontes.” O professor Sérgio Bernardes, coordenador do Cintegra (Centro de Integração Empresa-Escola) da ESPM compartilha da mesma opinião. “A concorrência acontece em todas as áreas, por isso todos os profissionais devem ser multidisciplinares para entrar no mercado.”



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