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MPEs do Grande ABC crescem 6,6%
Por Daniel Trielli
Do Diário do Grande ABC
13/02/2008 | 07:00
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Impulsionadas pela força da indústria local, as MPEs (Micro e Pequenas Empresas) do Grande ABC cresceram 6,6% em faturamento em 2007. O resultado é acima da média estadual (4%) e do desempenho decepcionante da Grande São Paulo (0,6%), mas ainda está um pouco atrás do crescimento dos pequenos negócios do Interior (8%).

Na divisão por setores, as micro e pequenas indústrias do Grande ABC cresceram 13,4%, seguidas pelo comércio, com avanço de 11,9%.

Segundo levantamento do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de São Paulo), as MPEs do Grande ABC faturaram, em média, R$ 225 mil no ano passado, o que coloca a região em primeiro lugar.

O faturamento médio estadual foi de R$ R$ 197.310, o que levou a receita total das MPEs a R$ 261,7 bilhões no ano passado – ganho de R$ 10,1 bilhões sobre 2006.

“O Grande ABC foi puxado por um lado pela indústria e por outro, pelo comércio”, conta o gerente do Observatório das Micro e Pequenas Empresas, Marco Aurélio Bedê. “Muito do crescimento veio por causa dos aumentos do consumo e da renda, que beneficiaram o varejo e também porque a região tem uma concentração de montadoras.”

Bedê lembra que 2007 foi ano de recordes para a indústria automotiva. “Isso ajudou a injetar bastante dinheiro na região e movimentou as cadeias de pequenos fornecedores.” O rendimento médio dos trabalhadores das MPEs no Grande ABC cresceu pouco (1,2%), mas, aos R$ 1.307, é o maior do Estado.

Ao contrário da indústria e do comércio, o faturamento do setor de serviços caiu 5,2% no Grande ABC. Esse segmento também apresentou queda na média estadual (-3%).

“O que atrapalha o faturamento do setor de serviço é a forte densidade de empresas na Grande São Paulo. Elas podem estar até fazendo mais negócios, mas a competição diminui os ganhos”, explica.

O aumento de 4% do faturamento das MPEs do Estado mostra não só o melhor aumento desde 2004 (quando foi de 4,3%), como também uma boa recuperação após a queda de 3,5% em 2006.

“Foi uma soma de fatores positivos desde o controle da inflação, aumento real de salários de trabalhadores, juros reais mais baixos e crédito em expansão. Tudo isso ampliou o consumo das famílias e ajudou as micro e pequenas empresas”, resume Bedê.




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