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Governo quer PIB de 4%
13/07/2008 | 07:09
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A estratégia do governo para estabilizar a economia é impedir que o ajuste seja feito pelo ‘efeito destruidor' da inflação, que penaliza as camadas mais pobres da população e desorganiza os preços nos diversos setores econômicos. A calibragem das taxas de juros, capitaneada pelo BC (Banco Central), é ainda o principal instrumento para desacelerar a atividade para algo entre 4% e 4,5% em 2009, sem jogar o País numa recessão desnecessária.

O cenário mais favorável considera que a economia crescerá um pouco abaixo do PIB (Produto Interno Bruto) potencial, cálculo que aponta o ritmo de expansão que não coloca em risco o controle dos preços. As estimativas otimistas colocam o PIB potencial em cerca de 5% e as mais pessimistas, na casa dos 4%.

A desaceleração da economia do ritmo de 5,8%, no fim de 2007, para o intervalo entre 4% a 4,5%, no ano que vem, não deve ser entendida como uma medida drástica. Ele cita como referência o ajuste adotado em 2005, quando o nível de crescimento foi arrastado para a marca dos 3,2%, o que criou ‘um estado de apreensão' no governo, mas, ainda assim, não inibiu os investimentos privados. A situação é muito diferente e a economia tem melhor condição de resposta.

O nível de crescimento da economia de 4% é considerado ‘melhor do que o passado' e um sinalizador mais importante que os 3,2% de 2005. O cenário internacional sugere que os países vão desacelerar suas economias. O processo é irreversível, seja por força do aumento das taxas de juros ou por meio da inflação.

No momento, a maior preocupação do governo Lula é com a escalada da inflação. A percepção é de que, se a economia continuar acelerada, estará criado o ‘caldo de cultura' para uma próspera especulação com os preços. Um estudo avalia que uma inflação de até 5% é considerada estável. No intervalo entre 5% e 10%, entra no terreno perigoso. Acima de 10% é nível de absoluto risco para a volta da indexação, principalmente em economias como a brasileira, onde a memória inflacionária pode ser destravada diante de qualquer movimento persistente de alta de preços.




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