Cerca de 80 estudantes do 4º ano do curso de Sistemas da Informação da Fundação Santo André reclamam que a instituição de ensino não disponibilizou até agora as notas da disciplina de Desenvolvimento de Sistemas da Informação do ano passado. Eles fizeram as provas em dezembro, mas como a professora foi afastada por motivo de saúde, todos os alunos aparecem como reprovados no sistema.

"O exame, que deveria ser feito em dezembro, foi remarcado para o dia 29. O problema é que até agora não sabemos quem deverá fazer a prova, pois as notas não foram disponibilizadas", explicou o aluno Leonardo de Alencar Romão, 21 anos. Conforme os estudantes, a professora não teria corrigido as avaliações porque precisou sair para fazer o tratamento médico. Não foi destinado professor substituto.

Com isso, os estudantes também tiveram problemas para fazer a rematrícula, que ficou bloqueada até a primeira semana de janeiro. "Quem tem bolsa de estudos da Prefeitura, como eu, tem medo de perder o benefício, que está atrelado ao pagamento da mensalidade em dia e ao fato de não se ter nenhuma DP (Dependência Parcial)", destacou Romão.

A aluna Cláudia Boleti, 22, afirma que outra preocupação dos alunos é que o curso aparece em lista do MEC (Ministério da Educação) que impede a abertura de novas vagas neste ano por conta da baixa avaliação de desempenho no Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes). "O problema é que continuam matriculando alunos. E, no último ano, não sabemos se estamos ou não fazendo um curso que é reconhecido pelo MEC."

Procurada, a Fundação Santo André informou que não colocou professor substituto para corrigir as provas e aplicar o exame porque a avaliação foi remarcada para o retorno da professora responsável pela matéria. Quanto aos bolsistas, a faculdade afirmou que o benefício só é retirado após três meses de inadimplência.

Sobre a avaliação do MEC, a Fundação informou que houve erro na publicação da nota do Enade de 2008, que seria 3, mas saiu como 2. Já foi solicitada correção. Ainda conforme a instituição, o MEC não poderia impedir novas vagas, pois quem fiscaliza a Fundação é o Conselho Estadual de Educação, que renovou o reconhecimento do curso por 5 anos.