Setecidades Titulo Transporte
Novas balsas entrarão em
operação só depois de abril

No fim do ano passado, governo prometeu reforço
no serviço das embarcações para o mês de fevereiro

Cadu Proieti
Do Diário do Grande ABC
23/02/2014 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


As duas novas balsas que servirão a região do Riacho Grande, em São Bernardo, só entrarão em operação depois de abril, prazo dado pela Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), órgão responsável pelo serviço, para conclusão dos estudos técnicos. No fim do ano passado, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) prometeu que as embarcações já começariam a circular em fevereiro.


A Represa Billings é atendida por três balsas – todas de responsabilidade da Emae. A João Basso, que liga o Riacho Grande ao bairro Tatetos, é a que registra demanda mais elevada. A Taquacetuba liga São Bernardo à Ilha do Bororé, enquanto a Balsa Bororé faz a travessia em direção ao bairro Grajaú, no extremo Sul da Capital. Cada um desses pontos conta com apenas uma embarcação.


A previsão é que os dois novos barcos sirvam as balsas João Basso e Bororé. No entanto, a Emae ainda não divulgou quais pontos serão beneficiados com os equipamentos nem se os veículos serão adicionados à frota atual ou se substituirão os modelos em operação. Também não foi informada a capacidade das embarcações.


Moradores do entorno da represa reivindicam há tempos melhorias no sistema de travessia. Na tarde de sexta-feira, o Diário esteve na Balsa João Basso, onde a fila era de aproximadamente 70 automóveis. De acordo com os usuários do serviço, o tempo de espera para realizar a travessia chega a cerca de três horas em alguns períodos do dia. Os motoristas também reclamam que, quando não há agentes de trânsito no local, vários veículos desrespeitam a ordem de espera, gerando grande transtorno.


A Prefeitura de São Bernardo informa que a atual embarcação do Riacho Grande, que comporta 22 veículos e 240 pedestres, não é suficiente para atender a demanda da população que reside na região. Para minimizar os transtornos, a administração municipal informou que realiza trabalho educativo junto aos usuários para evitar que abusos e atos de desrespeito aconteçam, principalmente nos horários de pico, entre 6h e 9h e das 17h às 20h.

Moradores farão protesto por melhorias na travessia aquática


Revoltados com as dificuldades para atravessar a Represa Billings pela Balsa João Basso, cujo tempo de espera chega a três horas em alguns momentos do dia, os moradores dos bairros Tatetos, Krukutus, Água Limpa e Taquecetuba prometem realizar protesto na tarde de sexta-feira por melhorias no sistema. Os munícipes pretendem parar a circulação das embarcações caso não sejam atendidos por representantes do poder público.


“O que acontece aqui é o maior descaso, não dá para continuar assim. Não queremos fazer bagunça nem usar a violência. Só pedimos melhorias para nossa área, que nunca recebe benfeitorias. Do jeito que está, não dá para ficar. Se não melhorar, penso até em ir embora daqui”, afirma o aposentado José de Almeida, 67 anos, que mora na região da represa há cerca de 30.


Em julho, moradores do entorno paralisaram o serviço em protesto contra a lentidão do sistema. Na ocasião, o secretário de Transportes e Vias Públicas de São Bernardo, Oscar Silveira Campos, afirmou que precisaria da ajuda do Estado para executar medidas que facilitassem o deslocamento na região. Entre as alternativas cogitadas estavam a construção de ponte e a abertura de acesso da Estrada do Capivari para a Rodovia dos Imigrantes.
 




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