Setecidades Titulo Transportes
Associação critica
redução de R$ 0,10
nas tarifas de ônibus

Os empresários defendem que mudanças no
valor deveriam ser feitas apenas no fim do ano

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
07/06/2013 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Empresários das companhias de ônibus que prestam serviços no Grande ABC protestam contra a redução nas tarifas municipais em cinco cidades da região. A decisão foi anunciada na quarta-feira pelo Consórcio Intermunicipal. A mudança dos valores, de R$ 3,30 para R$ 3,20, foi adotada em Santo André, São Bernardo, São Caetano, Mauá e Ribeirão Pires, com base na medida provisória publicada na semana passada que desonera impostos para o setor. Os preços entram em vigor no dia 15.

Para o presidente da AETC ABC (Associação das Empresas de Transporte Coletivo do ABC), José Romano Netto, qualquer mudança na tarifa deveria ser feita somente no fim do ano, quando, tradicionalmente, são aplicados os reajustes. “Tivemos alteração no dia 1º de janeiro deste ano. De dezembro de 2011 até janeiro de 2013 não houve aumento. Quando se determina o reajuste, são calculados todos os custos retroativos. É sempre baseado no que já passou, e não no que está por vir”, critica. Em Santo André, São Bernardo e Ribeirão Pires, o bilhete passou de R$ 2,90 para R$ 3,20.

Desde janeiro, diz Romano Netto, já foram registrados “aumentos significativos” nos custos das empresas, como alta nos preços de combustíveis e nos custos com mão de obra. “Nem por isso fomos bater na porta dos prefeitos para solicitar reajuste”, pondera o empresário, que recentemente esteve envolvido em acidente com Ferrari avaliada em R$ 2,1 milhões no acesso da Rodovia Castello Branco para a Marginal do Tietê, na Capital. Ele abandonou o veículo no Cebolão depois da colisão.

Romano Netto afirma temer que a decisão provoque desemprego no setor. “Não podemos descartar que algumas empresas tenham mais dificuldade que outras e isso acabe acontecendo. Mas ainda não tenho essa informação.” Segundo o empresário, os gastos com funcionários são responsáveis por entre 50% e 60% de toda a planilha orçamentária das viações. O presidente da associação informa ainda que as empresas estão calculando o impacto que será provocado pela redução, e os primeiros diagnósticos devem ser conhecidos a partir da próxima semana. Apesar do descontentamento, Romano Netto garante que não pretende ir à Justiça para tentar barrar a decisão do Consórcio.

Em Diadema e Rio Grande da Serra não foram aplicadas alterações nas passagens. Os bilhetes custam R$ 3,20 em Diadema e R$ 3 em Rio Grande da Serra. Não há previsão de barateamento das tarifas intermunicipais e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). 




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