A família do bombeiro João Alberto da Costa, que foi morto em maio durante a onda de ataques que a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) promoveu em todo o Estado de São Paulo, será indenizada com o dinheiro da organização.

A Justiça decidiu na quarta-feira que os R$ 162 mil apreendidos pelo Denarc (Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado) na casa de um homem que seria o tesoureiro do PCC será repassado diretamente para os familiares de Costa. Esta medida não encontra precedentes no país.

O pedido havia sido feito pelos promotores que estão envolvidos nas investigações sobre os atentados contra as forças de segurança do Estado. No entanto, a quantia só será entregue quando o processo for encerrado, o que deve demorar aproximadamente seis meses. Por enquanto, ele continuará depositado numa conta judicial.

Crime – No dia 13 de maio, a sede dos bombeiros foi atacada no centro de São Paulo pelo PCC. Os criminosos dispararam 50 tiros e dois acabaram acertando o bombeiro, que morreu na hora. A polícia conseguiu prender quatro pessoas envolvidas neste atentado.

No entanto, outras oito pessoas foram denunciadas acusadas de terem participado deste ataque. Entre eles está o líder da facção criminosa Marcos Willian Herbas Camacho, o Marcola, que está detido no presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes, no interior de São Paulo.