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Homens compram calcinha com cheque falso em Mauá
Gabriel Batista
Do Diário do Grande ABC
17/04/2006 | 08:11
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Dois homens foram presos em flagrante na tarde deste domingo na avenida Barão de Mauá, na Vila Bocaina, em Mauá, acusados de usar um cheque falso para comprar ovos de Páscoa e um conjunto de calcinha e sutiã vermelhos, entre outros produtos. Eduardo Tomaz Rodrigues, um dos detidos, afirmou à reportagem que foi à praça da Sé, no Centro da capital, e pagou R$ 600 no talão de cheques forjado e em um documento de identidade, também falsificado.

O nome “Domingos Ramos dos Santos” aparecia nas folhas de cheque e no RG utilizados no golpe de estelionato. Só que a foto do acusado Rodrigues estava colada na identidade falsa. “Peguei o talão com poucas folhas, em um banco bem no meio da praça da Sé. Não usei em muitos lugares. A calcinha era para minha mulher. Os ovos, para meus filhos”, disse Eduardo Rodrigues, que não tem antecedentes criminais e mora no bairro de Utinga, em Santo André.

Com ele, também foi preso Divino Gonçalves Pereira, 40 anos, que declarou não saber nada sobre os cheques. Pereira tem histórico criminal de tráfico de drogas e receptação (posse de produto roubado) e estava foragido da Justiça. Segundo os policiais militares que deram voz de prisão aos dois, os acusados ocupavam um Fusca verde e foram denunciados por uma vítima.

Duas mulheres os acompanhavam no carro, dentre elas uma adolescente. Elas também foram detidas e levadas ao 1º DP de Mauá, onde foi registrada a ocorrência. O grupo foi encontrado pela Polícia Militar nas proximidades da praça da Bíblia. Avisados pelo rádio da viatura, os policiais passaram a procurar o Fusca pela região central da cidade.

Um casal de comerciantes que recebeu neste domingo um cheque falso de R$ 207, atribuído aos acusados, reconheceu na delegacia a dupla como os homens que fizeram a compra em seu estabelecimento, uma loja também no Centro.

“A gente vende de tudo. Na hora que eles foram até lá estava muito cheio, mal olhei para a cara deles e para o cheque que me deram. Eram dois homens, compraram ovos de Páscoa e uma calcinha vermelha. Mas aí a polícia foi até lá e percebemos que havia alguma coisa errada”, disse a proprietária da loja.

Eduardo Rodrigues, que confessou à polícia ter comprado o talão falsificado, não esclareceu em quantos locais teria aplicado o golpe. Também não explicou porque escolheu Mauá, já que vive em Santo André, e nem de onde conhece o companheiro Divino Pereira.



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