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Varejo inicia guerra do Dia das Mães
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21/04/2007 | 07:05
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Já dá para comprar o presente do Dia das Mães agora e terminar de pagar só no Dia das Mães de 2009. As redes de varejo estão dando aos clientes condições de pagamento que vão de 10 a 24 parcelas. Na Casas Bahia, por exemplo, há uma lista de itens para casa que podem ser parcelados em até dois anos no cartão.

Além disso, uma série de produtos de linha branca e telefonia pode ser parcelada para além do ano que vem. “Não tememos a inadimplência, pois estes são itens que o consumidor não compra por impulso, e sim após fazer um planejamento”, informou a rede. A expectativa da Casas Bahia é que as vendas cresçam 10% em relação a 2006.

No Ponto Frio, o prazo é mais modesto. O consumidor tem 12 meses para pagar o presente – mas a cada R$ 150 em compras ganha um cupom para concorrer a uma viagem para Aruba, no Caribe. “A promoção tem como objetivo premiar as mães, com a possibilidade de uma viagem de sonhos – que é o que toda mãe realmente espera e merece”, explicou Valéria Carrete, diretora de marketing da rede.

Marcel Solimeo, economista da Associação Comercial de São Paulo, diz que o comércio deve vender 5% a mais no Dia das Mães deste ano do que no ano passado. “Muitos setores devem vender bem, porque o Dia das Mães é a data comemorativa mais ampla do ano. Mães ganham roupa, perfumes, coisas para a casa e até aquela tevê maior para você assistir o jogo na casa dela.”

Os setores com maior destaque, porém, devem ser vestuário e eletroeletrônicos. “O primeiro já é tradicionalmente o que mais vende, em unidades. O segundo é o que tem apresentado maior crescimento nas últimas datas festivas.”

Segundo Solimeo, os prazos estão aumentando, mas o comércio está atento. “Já houve muito parcelamento nos meses anteriores e algumas pessoas estão se endividando, mas ainda estão numa faixa segura.”

Na Capital paulista, mais da metade da população consumidora está endividada, segundo Pesquisa de Endividamento e Inadimplência da Fecomércio.

O percentual dos endividados é 62%, um aumento de dois pontos percentuais acima do mesmo período do ano passado. A faixa de consumidores que está mais endividada é a que ganha entre três e 10 salários mínimos por mês.




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